
São Paulo — InkDesign News — Durante o Fórum Mundial de Economia Circular, o diretor Global de Serviços Técnicos em Mineração da Vale, Bruno Pelli, afirmou que a mineradora tem apenas 4% das suas matérias-primas provenientes de materiais circulares. Ele sinalizou a necessidade de políticas para incentivar essa transição.
Panorama econômico
O cenário global da economia circular apresenta desafios significativos, principalmente em relação à sustentabilidade e à inovação nos processos de produção. Bruno Pelli aponta que “se queremos ser mais circulares, precisamos de políticas, diretrizes para estimular” (“If we want to be more circular, we need policies, guidelines to encourage”). Isso implica em um movimento mais pressionado por parte dos reguladores para impulsionar práticas mais verdes no setor. O Fórum Mundial de Economia Circular tem como objetivos principais destacar a urgência na adoção de um novo modelo econômico e a promoção da colaboração internacional.
Indicadores e análises
A Vale, com sua operação de economia circular, apresenta uma abordagem que pode ser rentável, conforme declara Pelli: “Muitas vezes o circular é ainda mais rentável” (“Often, the circular model is even more profitable”). A empresa tem desenvolvido produtos com 60% menos emissão de carbono, mas enfrenta barreiras regulatórias que dificultam sua comercialização. Atualmente, a circularidade global caiu para 6,9%, conforme apontado por um relatório da Circle Economy, indicando uma necessidade urgente de reavaliação nas práticas industriais.
Impactos e previsões
As declarações de Pelli durante o fórum ressaltam a importância da inovação e da colaboração entre empresas para criar produtos que não apenas atendam às necessidades do mercado, mas que também tenham um impacto ambiental reduzido. “Precisamos envolver as empresas em novos processos e produtos para termos prédios mais verdes”, defende Pelli, apontando para a criação de estruturas que capturem carbono e que sejam carbono negativos. A escassez de incentivos para práticas circulares poderia resultar em consequências diretas na competitividade do setor industrial brasileiro.
Com os debates em torno da economia circular crescendo, espera-se que o setor produtivo se una para moldar um futuro mais sustentável e inovador. As medidas para promover a circularidade devem estar alinhadas a uma revisão abrangente das regulamentações, permitindo que as iniciativas de baixo carbono prosperem e se tornem um padrão no mercado.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)