
Hildesheim, Alemanha — InkDesign News — Um homem de 31 anos descobriu um notável tesouro da era romana com centenas de moedas de prata, um anel de ouro, uma moeda de ouro e vários lingotes de prata em 2017, próximo à vila de Borsum, no distrito de Hildesheim, Baixa Saxônia, noroeste da Alemanha. No entanto, a descoberta, tornada pública somente em abril deste ano, reacendeu debates sobre a legalidade e o manejo de achados arqueológicos.
O Contexto da Pesquisa
A busca organizada por artefatos romanos em regiões além das antigas fronteiras do Império é campo de intenso interesse acadêmico, especialmente no contexto da convivência e conflito entre romanos e tribos germânicas. O tesouro foi inicialmente localizado com um detector de metais sem permissão oficial, o que contraria a legislação local — em Baixa Saxônia, buscas do tipo exigem licença, visando proteger depósitos arqueológicos e garantir a integridade científica dos achados.
Resultados e Metodologia
Após tomar ciência da descoberta, autoridades do Escritório Estadual de Preservação de Monumentos de Baixa Saxônia inspecionaram o local, ampliando a investigação arqueológica em outubro. Foram encontrados vários novos artefatos, elevando o total para 450 moedas de prata, além dos itens já citados, constituindo um dos maiores achados deste gênero na região. Os itens arqueológicos, datados do início do período imperial romano, aguardam procedimentos de limpeza e conservação detalhados.
A descoberta é de enorme importância científica.
(“The discovery is of enormous scientific importance.”)— Sebastian Messal, arqueólogo e chefe regional, Escritório Estadual de Preservação de Monumentos da Baixa Saxônia
Segundo comunicado oficial, análises em andamento buscarão determinar a origem precisa dos artefatos e as circunstâncias de seu enterro há cerca de dois mil anos.
Só então poderemos avaliar de onde vieram os artefatos e por que foram enterrados aqui. Foram romanos ou tribos germânicas?
(“Only then can we assess where the artifacts came from and why they were buried here. Were they Romans or Germanic tribes?”)— Nota oficial do Escritório Estadual de Preservação de Monumentos da Baixa Saxônia
O autor da descoberta, que posteriormente participou de um curso governamental de detecção, não enfrentou processos, já que o prazo legal para investigação havia expirado.
Implicações e Próximos Passos
O achado pode redefinir entendimentos sobre a presença e circulação de riquezas romanas em territórios germanos, além de fornecer novos dados para estudos sobre a interação cultural e econômica na fronteira norte do Império Romano. Especialistas aguardam os resultados das análises para entender se os bens pertenciam a romanos, germânicos ou até mesmo mercadores, e que eventos históricos podem ter motivado o sepultamento do tesouro.
As autoridades destacam que a correta condução arqueológica é central tanto para a ciência quanto para a proteção do patrimônio, reforçando a exigência de permissões para buscas e a pronta notificação de achados.
O caso ressalta a importância de políticas públicas de preservação e deve estimular, segundo acadêmicos, novos diálogos sobre o envolvimento do público em projetos arqueológicos e o combate à exploração ilegal.
Fonte: (Live Science – Ciência)