
São Paulo — InkDesign News — No primeiro trimestre de 2025, o Brasil contabilizou 1,425 milhão de pessoas em desemprego de longa duração, caracterizando a continuidade de desafios no mercado de trabalho, em meio a flutuações na inflação e nas taxas de juros.
Panorama econômico
O contexto econômico no Brasil apresenta uma recuperação gradual, com esforços do governo para mitigar os impactos da pandemia e da recessão econômica. Contudo, a inflação persiste como um fator desestabilizador, exigindo decisões cautelosas de política monetária pelo Banco Central. A recente divulgação de dados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que, apesar da persistente taxa de desemprego, há sinais de melhora no mercado de trabalho, refletindo um cenário complexo de interação entre oferta e demanda de mão de obra.
Indicadores e análises
Os dados revelam que, no primeiro trimestre de 2025, a quantidade de pessoas buscando emprego há pelo menos dois anos diminuiu 25,6% em relação ao ano anterior. Entre os que procuram trabalho há pelo menos um ano, mas menos de dois, o número também caiu para 806 mil, representando uma diminuição de 16,6%. No total, 3,823 milhões de brasileiros estavam em busca de emprego há mais de um mês, mas menos de um ano, refletindo uma redução de 3,6% comparado ao mesmo período de 2024. Entre eles, 1,659 milhão tentava uma vaga há menos de um mês, registrando um recuo de 6,4%.
Impactos e previsões
Os impactos dessa dinâmica de desemprego prolongado têm repercussões significativas na indústria e no consumo. O principal desafio para os especialistas é a integração desses trabalhadores de volta ao mercado, que pode demandar iniciativas de qualificação e requalificação profissional. Um estudo recente apontou que 68% dos trabalhadores estão insatisfeitos com seus salários, um indicativo de descontentamento que pode agravar a situação empregatícia a longo prazo:
“O crescente desalento dos trabalhadores sugere um mercado que precisa de intervenções mais robustas para restaurar a confiança.”
(“The rising despair among workers suggests a market that requires more robust interventions to restore confidence.”)— João Silva, Economista, IBGE
As previsões indicam que, se as tendências atuais continuarem, o país poderá ver uma leve recuperação nas taxas de emprego, mas isso dependerá de estímulos econômicos eficazes e da reintegração de mão de obra ao mercado.
A persistência do desafio é clara, e os próximos meses serão determinantes para a formulação de políticas que visem tanto a redução do desemprego de longa duração quanto a melhoria das condições salariais e de trabalho.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)