
São Paulo — InkDesign News — Um novo gênero e espécie de dinossauro terópode abelisaúrido foi descoberto por uma equipe de paleontologistas da Argentina, Brasil e Reino Unido. A pesquisa, publicada no periódico Ameghiniana, destaca a espécie Vitosaura colozacani, que viveu há aproximadamente 80 milhões de anos.
Contexto da descoberta
O Vitosaura colozacani pertence à família Abelisauridae, um grupo de dinossauros predadores que dominaram a Gondwana durante o período Cretáceo. Com mais de 25 espécies identificadas, essa família é mais representada na Patagônia argentina. “A Abelisauridae é um clado de terópodes ceratossaurianos caracterizados por um crânio robusto, uma série de maxilares ornamentados e membros anteriores reduzidos”, explica Dr. Harold Jiménez Velandia, um dos pesquisadores envolvidos na descoberta.
Métodos e resultados
Os fósseis de Vitosaura colozacani foram extraídos em 2009 e 2010 na localidade Tama, na Formação Los Llanos, na província de La Rioja, Argentina. Os restos fósseis incluem um primeiro centro dorsal, uma segunda vértebra dorsal, um sacro parcial, um ílio esquerdo, púbis e ísquios, entre outros elementos indeterminados. “Os restos do terópode foram associados a várias partes postcranianas de titanossauros”, acrescentaram os paleontologistas.
Implicações e próximos passos
O Vitosaura colozacani media cerca de 4,5 a 5,5 metros de comprimento e habitou um ambiente semiárido, com precipitação anual média variando entre 230 e 450 mm. “A descoberta de Vitosaura colozacani expande a distribuição geográfica dos abelisaurídeos, mas suas implicações são limitadas por sua incompletude e a incerteza notada em análises filogenéticas recentes focadas nas inter-relações de abelisaurídeos”, afirmaram os pesquisadores.
O estudo propõe a necessidade de novas investigações para melhorar a robustez filogenética do clado e para descobrir mais material que possa ser atribuído a Vitosaura colozacani.
Essas descobertas não apenas enriquecem o conhecimento sobre a diversidade de dinossauros no Brasil e Argentina, mas também abrem novas linhas de pesquisa sobre a ecologia e evolução dos abelisaurídeos.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)