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Ciência & Exploração

Descoberta científica revela novo dinossauro do Jurássico

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Londres — InkDesign News — Uma equipe internacional de paleontólogos identificou uma nova espécie de ictiossauro, denominada Xiphodracon goldencapsis, a partir de um fóssil quase completo encontrado na famosa Costa Jurássica, no sul da Inglaterra. O estudo, publicado na revista científica Papers in Palaeontology em 10 de outubro, revela detalhes inéditos sobre a evolução desses antigos répteis marinhos do período Jurássico Inferior.

O Contexto da Pesquisa

A descoberta acontece em meio ao esforço global para decifrar a história evolutiva dos ictiossauros, grupo de répteis marinhos que coexistiu com os dinossauros. O fóssil foi localizado em 2001 por Chris Moore, um renomado coletor, ao longo de um trecho de 154 quilômetros da Costa Jurássica de Dorset — região reconhecida mundialmente por seu rico acervo de fósseis. Após sua aquisição pelo Royal Ontario Museum, no Canadá, a peça permaneceu sem estudo detalhado até anos recentes, quando sua análise científica ganhou fôlego.

Especialistas apontam que o período denominado Pliensbachiano (entre 193 milhões e 184 milhões de anos atrás) marca uma fase crítica na diversificação dos ictiossauros. Apesar da abundância de fósseis antes e depois desse intervalo, há uma lacuna significativa no registro do Pliensbachiano, dificultando a compreensão de um importante evento de renovação faunística.

Resultados e Metodologia

O Xiphodracon goldencapsis, cujo nome deriva do grego (“xiphos”, espada, e “dracon”, dragão), chegou a medir até três metros de comprimento. A espécie recebeu o epíteto “goldencapsis” em referência ao Golden Cap, local do achado na Costa Jurássica. O fóssil exibe grandes órbitas oculares e um focinho estreito e comprido em formato de espada, sugerindo adaptação predatória.

Análises paleopatológicas revelaram ossos dos membros e dentes deformados, sugerindo lesões ou doenças ainda durante a vida do animal. Marcas na região craniana indicam que o indivíduo foi fatalmente atacado por um predador ainda maior, possivelmente outro ictiossauro.

“Os ossos dos membros e dentes estão malformados de maneira que apontam para lesão séria ou doença enquanto o animal ainda estava vivo, e o crânio parece ter sido mordido por um grande predador — provavelmente outra espécie de ictiossauro consideravelmente maior — dando-nos uma possível causa da morte deste indivíduo.”
(“The limb bones and teeth are malformed in such a way that points to serious injury or disease while the animal was still alive, and the skull appears to have been bitten by a large predator — likely another much larger species of ichthyosaur — giving us a cause of death for this individual.”)

— Erin Maxwell, curadora de vertebrados aquáticos fósseis, Museu Estadual de História Natural de Stuttgart

Com base na análise filogenética, os pesquisadores sugerem que X. goldencapsis é mais próximo de espécies posteriores ao Pliensbachiano, o que antecipa o evento de renovação faunística dos ictiossauros para o início deste período.

“Naquele momento, eu sabia que era algo incomum, mas não esperava que esse fóssil ajudasse a preencher uma lacuna crucial sobre a complexa troca faunística do Pliensbachiano.”
(“Back then, I knew it was unusual, but I did not expect it to play such a pivotal role in helping to fill a gap in our understanding of a complex faunal turnover during the Pliensbachian.”)

— Dean Lomax, paleontólogo, Universidade de Manchester e Universidade de Bristol

Implicações e Próximos Passos

A descrição de Xiphodracon goldencapsis permite redefinir o cronograma dos eventos evolutivos dos ictiossauros e fornece pistas sobre sua capacidade de adaptação diante de pressões ambientais. O fóssil, agora exposto no Royal Ontario Museum, contribuirá para futuras comparações morfológicas e estudos de paleopatologia.

Especialistas acreditam que a rara preservação de espécimes do Pliensbachiano pode elucidar fatores ambientais e biológicos responsáveis pela troca abrupta de espécies registrada naquele intervalo da história, ainda sem causa definida.

O avanço nas técnicas de análise poderá ainda mapear hábitos alimentares e padrões migratórios desses animais, conectando a paleontologia com áreas como a biologia evolutiva e as ciências ambientais. Pesquisadores aguardam novos achados que possam aprofundar a compreensão sobre as grandes transições faunísticas do período Jurássico.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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