CREDIT: DieterMeyrl via Getty Images.
Boston — InkDesign News — Uma análise liderada por especialistas em dermatologia e saúde pública revela a relevância contínua do Índice UV (UV Index) como ferramenta de monitoramento diário de risco relacionado à exposição solar. O estudo, divulgado nesta segunda-feira, enfatiza que a proteção contra a radiação ultravioleta deve ser mantida durante todo o ano, independentemente da estação ou temperatura.
O Contexto da Pesquisa
A crescente incidência de doenças de pele motivou pesquisadores e órgãos de saúde a reforçar o papel do Índice UV, métrica criada para antecipar o risco de dano solar à população. Apesar da percepção comum de que a exposição ao sol é mais arriscada apenas no verão, estudos mostram que diversos fatores – como localização geográfica, altitude e cobertura de nuvens – tornam o risco variável durante todo o ano. A radiação ultravioleta proveniente do sol é composta, principalmente, pelos tipos UVA e UVB, sendo que ambos podem causar danos à saúde, incluindo queimaduras e risco aumentado de câncer de pele.
Resultados e Metodologia
Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o Índice UV utiliza uma escala de 1 a 11+, indicando de “baixo” a “extremo” o risco de exposição solar diária. Essa avaliação baseia-se em parâmetros ambientais e meteorológicos para estimar a quantidade de radiação que atinge a superfície terrestre. Valores altos do índice significam tempo reduzido para o surgimento de danos cutâneos sem proteção adequada.
“Às vezes as pessoas pensam que só é possível ter um índice UV alto quando está muito quente, mas, na verdade, índice UV e temperatura são conceitos distintos. É possível ter um índice UV elevado mesmo se a temperatura estiver baixa.”
(“Sometimes people think you can only have a high UV index when it’s very hot, but actually UV index and temperature are distinct concepts. It is possible to have a high UV index even if the temperature is chilly.”)— Dr. Sameer G. Gupta, Cirurgião Dermatológico, Massachusetts Eye and Ear Hospital
O monitoramento do índice está disponível em sites de órgãos ambientais e aplicativos meteorológicos, além de métodos simples, como a “regra da sombra”. Esta consiste em observar se a sombra projetada é maior ou menor que a altura da pessoa, indicando menor ou maior radiação, respectivamente.
A metodologia combina dados de satélite, medição de radiação solar e modelagem atmosférica, levando em conta variáveis como espessura da camada de ozônio e níveis de reflexão – especialmente relevantes em locais com neve, que pode refletir até 90% da radiação solar incidente.
Implicações e Próximos Passos
O uso consistente do índice UV propicia estratégias mais eficazes de prevenção de queimaduras e doenças relacionadas à exposição solar. Autoridades e especialistas recomendam medidas preventivas, como evitar exposição solar entre 10h e 16h, uso diário de filtro solar de amplo espectro com FPS 30 ou superior, vestuário apropriado e acessórios de proteção.
“Utilize filtro solar de amplo espectro com FPS 30 ou maior todos os dias do ano.”
(“Use a broad spectrum sunscreen of SPF 30 or higher every day of the year.”)— Dr. Sameer G. Gupta, Cirurgião Dermatológico, Massachusetts Eye and Ear Hospital
As perspectivas para a pesquisa incluem aprimoramento das ferramentas de monitoramento e comunicação do risco, além de campanhas educativas para diversas populações geográficas e faixas etárias. O desenvolvimento de sensores pessoais e aplicativos integrados poderá facilitar ainda mais a autogestão do risco solar.
A contínua dedicação ao monitoramento da radiação UV e à disseminação de práticas de proteção são fundamentais para reduzir os impactos negativos da exposição solar sobre a saúde pública, especialmente diante do aumento global dos índices de câncer de pele e doenças associadas.
Fonte: (Popular Science – Ciência)
