
São Paulo — InkDesign News —
A recente suspensão da ferramenta de inteligência artificial Sora 2, desenvolvida pela OpenAI, ilustra os desafios que as tecnologias de machine learning enfrentam em questões éticas e de direitos autorais. A ferramenta permitia a criação de vídeos realistas de figuras históricas, mas foi interrompida após críticas sobre representações desrespeitosas, particularmente envolvendo Martin Luther King Jr.
Contexto da pesquisa
O uso de machine learning para gerar conteúdo visual, como vídeos de figuras históricas, tem atraído atenção e, ao mesmo tempo, alucina debates sobre os limites da criatividade digital. Desde o seu lançamento em setembro de 2025, a Sora 2 já recebeu críticas significativas. O estate de King denunciou a criação de vídeos que apresentavam a figura do ícone dos direitos civis de maneiras ofensivas.
Método proposto
A Sora 2 utiliza Generative Adversarial Networks (GANs) para criar vídeos que imitam o comportamento e a aparência de figuras históricas. Este modelo é conhecido pela sua capacidade de gerar conteúdo visual altamente realista. Porém, a OpenAI inicialmente permitia que qualquer pessoa utilizasse essa ferramenta sem necessidade de consentimento das famílias ou responsáveis pelas figuras retratadas, levando a uma série de controvérsias.
Resultados e impacto
A OpenAI, após as reações negativas, anunciou que iria pausar a geração de vídeos com a imagem de King enquanto “reforça as barreiras para figuras históricas” (“…while it ‘strengthens guardrails for historical figures’”). Segundo a empresa, “os interesses de liberdade de expressão são importantes, mas acredita-se que figuras públicas e suas famílias devem ter controle sobre o uso de sua imagem” (“While there are strong free speech interests in depicting historical figures, OpenAI believes public figures and their families should ultimately have control over how their likeness is used”). Esta mudança evidencia a crescente pressão para que as tecnologias de IA respeitem direitos de propriedade intelectual e preocupações éticas.
As atualizações do sistema se concentrarão em permitir que representantes autorizados ou proprietários de heranças solicitem que suas imagens não sejam utilizadas em vídeos gerados pela IA, uma resposta direta às preocupações levantadas por famílias de celebridades, como a de Martin Luther King Jr. e outros.
A evolução dessas tecnologias de IA indica um futuro onde o equilíbrio entre inovação e ética rigorosamente requer considerações. A OpenAI promete melhorias no controle granular para titulares de direitos, o que poderá redefinir a interação entre a IA e a representação de figuras históricas no espaço digital.
Possíveis aplicações dessa abordagem incluem ferramentas que respeitem os direitos autorais e proporcionem conteúdo educacional sem desrespeitar as figuras retratadas, garantindo uma prática mais ética no uso de machine learning em contextos históricos.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)