
São Paulo — InkDesign News — No universo da tecnologia, o lançamento do Sora 2 pela OpenAI se destaca como um divisor de águas na geração de vídeo e áudio, prometendo ser a “mais poderosa máquina de imaginação já criada”. Contudo, sua estreia não passou sem controvérsias, rapidamente levantando questões sobre direitos autorais e propriedade intelectual.
Contexto e lançamento
A OpenAI apresentou o Sora 2 como uma resposta avançada a modelos anteriores de geração de conteúdo audiovisual, posicionando-se em um mercado cada vez mais competitivo em ferramentas criativas baseadas em inteligência artificial. A companhia havia prometido um “motor de imaginação” que ampliaria as capacidades dos usuários de criar e compartilhar obras originais, embora a realização de tal visão se deparasse com a presença predominante de personagens e propriedades já existentes.
Design e especificações
O Sora 2 é alimentado por um complexo algoritmo que utiliza aprendizado de máquina para gerar vídeos e sons a partir de prompts textuais. A OpenAI implementou um sistema de opt-out, permitindo que os detentores de direitos autorais excluam suas propriedades do modelo de treinamento, conforme noticiado. “Estamos usando [conteúdos de terceiros] a menos que sejamos explicitamente informados a não fazê-lo”, afirmou a OpenAI. Essa abordagem, embora inovadora, levanta questões sobre como o modelo lida com personagens icônicos: vídeos gerados frequentemente apresentaram figuras como Sonic, Solid Snake e Pikachu, que rapidamente se tornaram virais em várias plataformas de mídia social.
Repercussão e aplicações
O impacto cultural do Sora 2 se tornou evidente quase instantaneamente, com usuários exibindo criações que misturavam universos de propriedade intelectual estabelecida, como cenas de “Rick and Morty” e até mesmo situações absurdas como Sam Altman, CEO da OpenAI, em narrativas cômicas. Contudo, essa liberdade criativa levou a uma avalanche de vídeo gerados que pareciam infringir direitos autorais, levando muitos a questionar a ética da ferramenta. Como aponta um usuário em relação ao uso de propriedades protegidas: “Sora 2 é meio absurdo e divertido”.
“As pessoas estão ansiosas para interagir com suas imaginações, além das histórias, personagens e mundos que amam.”
(“People are eager to engage with their family and friends through their own imaginations, as well as stories, characters, and worlds they love.”)— Porta-voz da OpenAI
O potencial para erros de uso é mitigado com a possibilidade de usuários e figuras públicas controlarem a visibilidade de suas imagens no aplicativo, proporcionando um nível de gerenciamento que muitas vezes é negligenciado em plataformas de compartilhamento convencionais.
A OpenAI parece estar atenta ao feedback do público, com a introdução do Sora 2 suscitando tanto entusiasmo quanto desconforto, principalmente em relação ao tratamento de conteúdos protegidos.
O que se avizinha para essa ferramenta no futuro pode ser luminoso, com potencial para redefinir a cultura digital contemporânea, embora os desafios legais e éticos persistam.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)