Comissário da UE afirma não ceder a pressão por acordo com EUA e destaca impacto no mercado

Bruxelas — InkDesign News — O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, afirmou nesta terça-feira (6) que a União Europeia (UE) não aceitará um acordo comercial “injusto” com os Estados Unidos, diante do cenário de tensões tarifárias instauradas pela administração Trump e do interesse crescente de outros parceiros comerciais em acelerar negociações com o bloco.
Panorama econômico
Em meio a um contexto global marcado por políticas protecionistas e aumento da inflação, o cenário econômico para a União Europeia se mostra complexo. As medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos nas últimas semanas intensificaram os debates sobre acordos comerciais multilaterais, enquanto outros parceiros comerciais da UE demonstram interesse em avançar em negociações bilaterais, apontando para uma possível reconfiguração das cadeias globais de comércio.
Indicadores e análises
Segundo Maros Sefcovic, a pressão externa para fechar um acordo desigual não se justifica diante do peso econômico da União Europeia no mercado global. A posição do bloco é reforçada pelo aumento da confiança de investidores na zona do euro, registrada em maio recente, além do impacto negativo das tarifas de aço, que geraram perdas bilionárias para a indústria europeia. O panorama é evidenciado também pelas variações mistas nas bolsas asiáticas, que refletem a volatilidade e incertezas do mercado atual.
“Não nos sentimos fracos. Não nos sentimos pressionados indevidamente a aceitar um acordo que não seria justo para nós”
(“We do not feel weak. We do not feel unduly pressured to accept an agreement that would not be fair to us”)— Maros Sefcovic, Comissário Europeu para o Comércio, União Europeia
Impactos e previsões
O endurecimento nas negociações comerciais entre a UE e os Estados Unidos pode impactar setores estratégicos, principalmente a indústria do aço e outros segmentos industriais que já enfrentam perda de receitas devido a tarifas alfandegárias. O aumento da demanda por acordos de livre comércio por parte de outros países destaca uma possível diversificação das parcerias comerciais europeias, que pode ser crucial para manter o crescimento do PIB e conter pressões inflacionárias futuras.
“Posso dizer que nossos telefones não param de tocar o tempo todo porque todos querem acelerar as negociações de acordos de livre comércio conosco”
(“I can say our phones do not stop ringing all the time because everyone wants to speed up trade agreement negotiations with us”)— Maros Sefcovic, Comissário Europeu para o Comércio, União Europeia
Nos próximos meses, será fundamental acompanhar os desdobramentos das negociações comerciais da UE, especialmente em relação à capacidade do bloco de manter sua posição diante das pressões externas, equilibrando a proteção de seus mercados internos com a necessidade de dinamizar o comércio global em um cenário de incertezas econômicas.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)