
São Paulo — InkDesign News —
A administração Trump expressou descontentamento em relação à Coalition for Health AI (CHAI), uma organização sem fins lucrativos criada durante o governo Biden para avaliar ferramentas de inteligência artificial no setor de saúde. O debate sobre regulação e inovação em tecnologia de saúde se intensifica à medida que CHAI se torna uma potência na ligação entre o setor privado e as políticas públicas.
Contexto e lançamento
A CHAI surgiu como uma resposta à crescente necessidade de regulamentação e padronização no uso da inteligência artificial na saúde. Com colaborações em instituições renomadas como Duke, Stanford e Mayo Clinic, a coalizão visa criar diretrizes que orientem a implementação responsável de tecnologias em ambientes clínicos. Contudo, seus esforços atraíram críticas da administração atual, que vê na CHAI uma tentativa de controle do mercado por grandes empresas de tecnologia.
Design e especificações
A coalizão opera com aproximadamente 15 grupos de trabalho, liderados por pesquisadores de corporações como Amazon, Microsoft e Oracle. Eles planejam lançar um registro nacional de cartões modelo, que funcionaria como etiquetas nutricionais para modelos de IA, proporcionando informações concisas sobre sua eficácia e limitações.
“CHAI tem nada a ver com regulação governamental. O governo decide sobre política e regulação, e nós iremos nos adaptar a isso.”
(“CHAI has nothing to do with government regulation. The government decides on policy and regulation, and CHAI, we will adapt to that.”)— Brian Anderson, CEO da CHAI
Entretanto, opositores apontam que não ter poder regulatório formal não impede a CHAI de influenciar o mercado de saúde, levantando preocupações sobre um possível “cartel” que possa sufocar startups inovadoras.
Repercussão e aplicações
As reações à CHAI têm sido divergentes. Alguns representantes, como o vice-secretário do HHS, Jim O’Neill, destacaram que a organização pode estar estagnando a inovação em saúde ao exigir que novas empresas se tornem membros para se manterem competitivas. Por outro lado, Brian Anderson argumenta que a adesão à coalizão ocorre não por pressão, mas pela necessidade de entender melhor o mercado e os clientes.
“É uma questão de Business 101 para qualquer empresa de tecnologia conhecer seus clientes.”
(“It is Business 101 for any technology company to know your customers.”)— Brian Anderson, CEO da CHAI
Enquanto figuras da administração Biden apontam a CHAI como uma oportunidade para um desenvolvimento responsável de AI na saúde, os críticos alertam para possíveis lacunas na transparência e a necessidade de um regulamento mais robusto. As tensões entre inovação e regulamentação devem continuar a moldar o desenvolvimento de tecnologia de saúde nos próximos anos, enquanto o governo Trump busca reverter algumas políticas estabelecidas anteriormente.
As dinâmicas entre AI, saúde e regulamentação prometerão evoluir continuamente, e o papel da CHAI no ecossistema de saúde será um fator a se observar nos próximos meses.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)