
Brasília — InkDesign News — Na sexta-feira (2), Wolney Queiroz assumiu o comando do Ministério da Previdência Social, em substituição a Carlos Lupi, presidente nacional licenciado do PDT, que pediu demissão em meio a investigações sobre fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A nomeação provocou reação crítica do ex-ministro Ciro Gomes nas redes sociais no sábado (3).
Contexto político
Carlos Lupi, que também presidia o PDT, deixou o ministério após o escândalo envolvendo fraudes estimadas em aproximadamente R$ 6 bilhões no INSS, alvo de investigação da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal. Wolney Queiroz, até então secretário-executivo da pasta, foi oficialmente nomeado para a chefia do ministério. A troca ocorreu em meio a articulações internas no PDT e ao debate sobre a permanência do partido na base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Reações e debates
Logo após a divulgação da saída de Lupi, o partido iniciou discussões internas que incluíram o uso de grupos de WhatsApp para debater a permanência na base governista. O ex-ministro Ciro Gomes manifestou publicamente seu descontentamento, escrevendo nas redes sociais:
“Estou muito envergonhado! Isto é uma indignidade inexplicável!”
— Ciro Gomes, ex-ministro e membro do PDT
Enquanto isso, Wolney Queiroz expressou agradecimento pela indicação em suas redes sociais:
“Uma honra ser empossado pelo presidente Lula como novo ministro da Previdência Social do Brasil”
— Wolney Queiroz, ministro da Previdência Social
Parte da bancada do PDT avalia que a nomeação de Queiroz não assegura a permanência do partido na base aliada, sinalizando um clima de incerteza política na relação com o governo federal.
Desdobramentos e desafios
A saída de Lupi e a ascensão de Wolney ocorrem em um momento delicado para o ministério, diante do desafio de enfrentar fraudes estruturais de grande monta no INSS. O novo ministro tem pela frente a tarefa de recuperar a confiança social e institucional no órgão previdenciário, sendo cobrado tanto pela oposição quanto pelos aliados do governo. Além disso, o PDT precisa equacionar sua posição política dentro da coalizão governista, com debates internos sobre a estratégia partidária em face das recentes controvérsias.
O episódio evidencia o impacto das denúncias de corrupção sobre a governabilidade e a necessidade de ajustes no comando de pastas estratégicas para garantir a continuidade das políticas públicas relacionadas à previdência social no Brasil.
Fonte: (CNN Brasil – Política)