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Ciência & Exploração

Cientistas identificam células cerebrais ligadas à depressão

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Montreal — InkDesign News — Uma equipe de cientistas da Universidade McGill e do Instituto Douglas revelou, em estudo publicado na última semana na Nature Genetics, que dois tipos distintos de células cerebrais sofrem alterações em indivíduos com depressão. Utilizando um acervo raríssimo de tecidos cerebrais, a pesquisa oferece novos caminhos para desenvolver tratamentos mais direcionados para este transtorno que afeta mais de 264 milhões de pessoas em todo o mundo.

O Contexto da Pesquisa

A depressão é considerada uma das principais causas de incapacidade global, e os mecanismos biológicos subjacentes à doença permaneciam, até recentemente, pouco compreendidos. Pesquisadores vinham buscando, há décadas, identificar quais alterações no cérebro poderiam explicar sintomas persistentes e difíceis de tratar. A iniciativa inovadora utilizou o acervo do Douglas-Bell Canada Brain Bank, uma das poucas coleções internacionais a reunir tecidos de doadores com doenças psiquiátricas.

Resultados e Metodologia

O estudo, que analisou tecidos de 59 pessoas diagnosticadas com depressão e 41 sem o transtorno, realizou análise genômica avançada em milhares de células cerebrais individuais. Os cientistas combinaram dados de expressão genética com mecanismos de regulação do DNA, identificando alterações em dois principais tipos celulares: neurônios excitatórios — responsáveis pela regulação do humor e do estresse — e um subtipo de micróglias, células do sistema imune cerebral que coordenam processos inflamatórios.

Em ambos os grupos celulares, observou-se expressão diferenciada de diversos genes, indicando perturbações em funções neurais essenciais. A equipe destaca que, ao revelar precisamente quais células estão implicadas, o estudo avança na compreensão dos fundamentos biológicos da depressão e desmonta conceitos antigos sobre sua origem.

“Esta é a primeira vez que conseguimos identificar quais tipos celulares específicos do cérebro são afetados pela depressão, mapeando a atividade genética juntamente com mecanismos que regulam o código do DNA.”
(“This is the first time we’ve been able to identify what specific brain cell types are affected in depression by mapping gene activity together with mechanisms that regulate the DNA code.”)

— Gustavo Turecki, Professor, Universidade McGill e Instituto Douglas

Implicações e Próximos Passos

Ao mapear as alterações genéticas em tipos celulares específicos, abre-se a possibilidade de desenvolver terapias inovadoras direcionadas a essas células-alvo, o que pode resultar em tratamentos mais eficazes para a depressão resistente. Os autores também ressaltam a importância de mudar a percepção pública do transtorno:

“Esta pesquisa reforça o que a neurociência tem mostrado há anos. A depressão não é apenas emocional, ela reflete mudanças reais e mensuráveis no cérebro.”
(“This research reinforces what neuroscience has been telling us for years. Depression isn’t just emotional, it reflects real, measurable changes in the brain.”)

— Gustavo Turecki, Professor, Universidade McGill e Instituto Douglas

Pesquisadores planejam avançar na compreensão de como essas alterações celulares interferem no funcionamento cerebral e investigar se intervenções direcionadas podem representar um novo caminho terapêutico.

O estudo teve financiamento do Canadian Institutes of Health Research, Brain Canada Foundation, Fonds de recherche du Québec – Santé e Healthy Brains, Healthy Lives initiative da Universidade McGill.

As descobertas reforçam a urgência de políticas públicas que ampliem o acesso a diagnósticos precisos e tratamentos inovadores, além de direcionarem esforços futuros para pesquisas translacionais em saúde mental.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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