
São Paulo — InkDesign News — A China se consolidou como o principal importador de carne de frango do Brasil em 2024, contabilizando 562,2 mil toneladas, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). A suspensão temporária das importações pela China, motivada por um foco de influenza aviária, gera preocupações sobre o setor.
Panorama econômico
O cenário global da avicultura tem sido impactado por diversas flutuações no comércio internacional e pelas políticas de segurança alimentar adotadas por países importadores. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja de aves comerciais. Sem precedentes na avicultura brasileira, essa situação levou a China a suspender as importações de carne de frango brasileira por um período de 60 dias, visando garantir a segurança alimentar do país.
Indicadores e análises
No primeiro trimestre de 2024, o Brasil exportou cerca de 51,9 mil toneladas de carne de frango para a China, que representaram mais de US$ 127,1 milhões em receita. Os Emirados Árabes Unidos e o Japão ocupam o segundo e terceiro lugar, respectivamente, com 455,1 mil toneladas e 443,2 mil toneladas, formando um quadro de dependência crítica do mercado chinês para a avicultura nacional.
A ABPA expressou confiança nas ações que serão tomadas para resolver a questão rapidamente e minimizar os efeitos negativos.
(“A entidade confia na rapidez das tratativas que serão adotadas pelo Ministério e pela Secretaria em todos os níveis, de tal forma que qualquer efeito decorrente da situação seja solucionado no menor prazo possível.”)— Associação Brasileira de Proteína Animal, ABPA
Impactos e previsões
As restrições impostas pelas autoridades chinesas podem ter um custo significante para a indústria de carne de frango no Brasil, estimado em mais de US$ 100 milhões por mês. Especialistas alertam que essa suspensão não apenas afetará o volume das exportações, mas também poderá gerar instabilidades nos preços internos, impactando diretamente o consumidor final. A ABPA reiterou que a situação “não representa qualquer risco ao consumidor final”.
O ministro Carlos Fávaro destacou a importância de seguir protocolos rigorosos para a manutenção da saúde pública.
(“A situação não representa qualquer risco ao consumidor final.”)— Carlos Fávaro, Ministro da Agricultura
Nos próximos meses, a monitorização da situação na avicultura e as intervenções governamentais serão cruciais para determinar a recuperação do setor. A confiança dos consumidores e a estabilidade no mercado dependem de ações eficientes que visem mitigar os efeitos colaterais da atual suspensão.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)