
Salvador — InkDesign News —
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), José Hiran Gallo, destacou preocupações alarmantes sobre os dados de trânsito no Brasil durante o 16º Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, realizado em Salvador, no dia 16 de setembro. Ele apresentou estimativas que revelam que mais de 32 mil pessoas morrem anualmente em acidentes de trânsito no país, resultando em uma média de 92 fatalidades diárias.
Contexto e objetivos
O problema da mortalidade e das sequelas graves relacionadas ao trânsito é uma questão de saúde pública crítica no Brasil. O público-alvo envolve tanto os profissionais de saúde que lidam com as consequências destes acidentes quanto a sociedade em geral, que convive com o impacto social e econômico dessa problemática. A meta é sensibilizar a comunidade e o governo sobre a importância da medicina do tráfego, buscando não apenas a atuação clínica, mas também a promoção de políticas públicas efetivas.
Metodologia e resultados
Durante o congresso, Gallo apresentou análises e dados coletados que indicam que para cada morte, há ao menos 10 pessoas que sofrem sequelas sérias. Ele citou que os impactos financeiros dos acidentes de trânsito são classificados como “astronômicos”; o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima o custo anual em R$ 50 bilhões, englobando despesas com hospitalização e reabilitação, além de perdas na produtividade. Gallo argumentou que esses custos também podem ser vistos como uma oportunidade desperdiçada, sugerindo que “esse valor seria suficiente para construir centenas de hospitais de médio porte ou milhares de escolas públicas”.
“Esse valor seria suficiente para construir centenas de hospitais de médio porte ou milhares de escolas públicas.
(“This value would be enough to build hundreds of medium-sized hospitals or thousands of public schools.”)— José Hiran Gallo, Presidente do CFM
Implicações para a saúde pública
As implicações decorrentes da alta taxa de mortalidade e sequelas no trânsito são significativas. Elas comprometem a saúde, a educação e a segurança social, exigindo uma ação conjunta entre diferentes setores do governo e da sociedade. Gallo ressalta que a medicina do tráfego deve ser alçada à condição de especialidade que une a prática médica ao compromisso social, fornecendo não apenas dados, mas também proposições efetivas para a mudança do cenário atual.
“Cada sinistro grave no trânsito representa não apenas tragédias pessoais e familiares, mas também um prejuízo para a coletividade.
(“Each serious traffic incident represents not only personal and family tragedies but also a loss for the community.”)— José Hiran Gallo, Presidente do CFM
Os próximos passos envolvem a necessidade de implementar políticas públicas mais robustas que reduzam esses números e promovam um ambiente mais seguro nas vias urbanas e rodovias.
Para mitigar essa realidade, a sociedade precisa unir esforços para transformar esses dados em ações efetivas que garantam a segurança e a saúde de todos os brasileiros.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)