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Ciência & Exploração

CERN observa conversão de chumbo em ouro em experimento

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São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores do CERN, a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, revelaram que é possível realizar a transformação do metal comum chumbo em átomos de ouro através de colisões entre núcleos de chumbo no Grande Colisor de Hádrons (LHC).

Contexto da descoberta

A conversão de metais comuns em ouro foi o sonho de alquimistas medievais, que acreditavam que o chumbo, devido à sua densidade semelhante ao ouro, poderia ser transformado em um material mais valioso. A pesquisa realizada pelo ALICE Collaboration, utilizando o LHC, lançou nova luz sobre essa antiga aspiração científica.

Métodos e resultados

Os cientistas do CERN, durante interações entre núcleos de chumbo, observaram que campos eletromagnéticos intensos gerados por colisões “quase” podem provocar interações entre fótons e núcleos, resultando na ejetação de prótons e nêutrons. Em suas medições, foi constatado que a taxa de produção de núcleos de ouro, em decorrência dessas colisões, chega a cerca de 89.000 unidades por segundo.

“É impressionante ver que nossos detectores podem lidar com colisões frontais que produzem milhares de partículas, ao mesmo tempo que são sensíveis a colisões que produzem apenas algumas partículas, permitindo o estudo de processos de ‘transmutação nuclear’ eletromagnética,”
(“It is impressive to see that our detectors can handle head-on collisions producing thousands of particles, while also being sensitive to collisions where only a few particles are produced at a time, enabling the study of electromagnetic ‘nuclear transmutation’ processes.”)

— Dr. Marco Van Leeuwen, Físico, NIKHEF

Entre Run 2 e Run 3 do LHC, estima-se que foram criados aproximadamente 86 bilhões de núcleos de ouro durante as quatro experiências principais. Esta produção total corresponde a cerca de 29 picogramas, uma quantidade irrisória em comparação ao que seria necessário para a fabricação de joias.

Implicações e próximos passos

Os achados do ALICE não apenas fornecem uma visão sobre a transmutação nuclear, mas também ajudam a melhorar os modelos teóricos de dissociação eletromagnética, uma questão importante para a otimização do desempenho do LHC e futuros colisionadores. Com o aumento contínuo da luminosidade no LHC, os pesquisadores esperam alavancar ainda mais a produção de núcleos de ouro nas corridas seguintes.

“Os resultados também testam e melhoram modelos teóricos da dissociação eletromagnética que, além de seu interesse físico intrínseco, são usados para entender e prever perdas de feixe, que são um limite importante no desempenho do LHC e futuros colisionadores,”
(“The results also test and improve theoretical models of electromagnetic dissociation which, beyond their intrinsic physics interest, are used to understand and predict beam losses that are a major limit on the performance of the LHC and future colliders.”)

— Dr. John Jowett, Membro da ALICE Collaboration

O sonho dos alquimistas medievais foi, em certa medida, realizado, porém os resultados, até agora, não podem ser convertidos em riquezas palpáveis, demonstrando a complexidade e os limites da transmutação nuclear.

Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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