
São Paulo — InkDesign News — Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, expressou preocupações sobre a possibilidade de estagflação nos Estados Unidos, destacando o impacto dos déficits orçamentários e as tensões comerciais globais em uma entrevista à Bloomberg Television na quinta-feira (22).
Panorama econômico
O conceito de estagflação refere-se à combinação de estagnação econômica e inflação, um fenômeno que os bancos centrais enfrentam com dificuldade. Dimon ressaltou que, enquanto os déficits fiscais globais são inflacionários, a reestruturação do comércio pode complicar ainda mais o cenário econômico. “Os déficits fiscais globais são inflacionários. Acredito que a remilitarização do mundo é inflacionária. A reestruturação do comércio é inflacionária. E isso não é apenas uma questão americana”, observou Dimon.
Indicadores e análises
Investidores e analistas estão em alerta com as projeções econômicas incertas. Dimon afirmou que a chance de estagflação é provavelmente o dobro do que muitos analistas estimam. O Escritório de Orçamento do Congresso, por sua vez, estima que o atual projeto de lei do presidente Donald Trump para reduzir impostos poderia acrescentar trilhões ao déficit federal nos próximos anos. O Federal Reserve dos EUA mantém a taxa de juros em 4,25% a 4,50%, mas com a incerteza fiscal e comercial, as críticas surgem em relação à condução da política monetária.
Impactos e previsões
As declarações de Dimon e os recentes movimentos no mercado indicam que os consumidores e as indústrias devem se preparar para um ambiente econômico instável. O CEO do JPMorgan observou que os efeitos das tarifas impostas pelo governo Trump ainda não foram totalmente sentidos, causando uma “quantidade extraordinária de complacência” no mercado. “Não nos diz como será o futuro”, atentou Dimon, sugerindo que decisões futuras do Federal Reserve devem ser tomadas com cautela, considerando os diversos fatores inflacionários.
À medida que o cenário econômico evolui, decisões de política fiscal e monetária serão cruciais para mitigar riscos e estimular o crescimento, sem alimentar a inflação. As próximas semanas serão determinantes para entender como os mercados reagirão a essas pressões.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)