
São Paulo — InkDesign News — A Motiva, antiga CCR, anunciou nesta terça-feira (6) que espera ter um fato relevante para divulgar ao mercado sobre a venda de sua área de aeroportos no segundo semestre, num cenário de alta de juros e pressão inflacionária no Brasil.
Panorama econômico
O cenário econômico global permanece desafiador, marcado por decisões de política monetária que visam conter a inflação crescente. No Brasil, os juros elevados e incertezas fiscais afetam investimentos e movimentações no mercado de concessões de infraestrutura, como aeroportos e rodovias — setores estratégicos para a retomada econômica e o PIB nacional.
Indicadores e análises
O presidente da Motiva, Miguel Setas, destacou que a companhia mantém preferência pela venda integral do portfólio aeroportuário, que possui forte interesse de grupos nacionais e internacionais. “Não há nada iminente […] mas, alguma coisa relevante acontecerá. Se acontecer, será no segundo semestre” (“There is nothing imminent […] but something relevant will happen. If it happens, it will be in the second semester”).
Setas antecipou que a venda poderá ocorrer em conjunto, com até dois proponentes separados para ativos nacionais e internacionais, buscando uma solução integral. Em paralelo, o grupo busca expandir seu portfólio rodoviário, especialmente com a relicitação da MSVia como prioridade no primeiro semestre, após derrota no leilão das linhas ferroviárias 11, 12 e 13 em São Paulo.
Impactos e previsões
Especialistas indicam que a movimentação da Motiva pode sinalizar aumento da competitividade no setor aeroportuário brasileiro, influenciando preços e investimentos. A continuidade da alta dos juros pode impactar o ritmo dessas transações, exigindo análise cuidadosa de riscos e retorno. Consumidores e indústria de transporte devem monitorar as mudanças para avaliar repercussões em custos e serviços.
“A preferência nossa é pelo portfólio integral. A intenção é que a transação possa ser feita com o portfólio como um todo e por isso pode ter uma conjugação de até dois proponentes, um para os ativos nacionais e outro para os internacionais, para uma solução integral pelo portfólio todo”
(“Our preference is for the entire portfolio. The intention is that the transaction can be done with the portfolio as a whole and therefore there may be a combination of up to two proponents, one for the national assets and another for the international ones, for an integral solution for the entire portfolio”)— Miguel Setas, Presidente da Motiva
O avanço ou adiamento desse processo poderá influenciar a estratégia do mercado de concessões no Brasil, com impactos também na área rodoviária e ferroviária, onde a Motiva tenta reposicionamento.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)