
Rio de Janeiro — InkDesign News — A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, em 7 de maio de 2025, o projeto de lei que institui o “Dia da Cegonha Reborn” no calendário oficial da cidade, uma iniciativa para reconhecer o fenômeno cultural e emocional das bonecas hiper-realistas chamadas bebês reborn. A data, proposta para ser comemorada anualmente em 4 de setembro, aguarda agora a sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ).
Contexto político
O projeto de lei de autoria do vereador Vitor Hugo (MDB) surgiu em meio ao crescente interesse social e cultural pelas bonecas reborn, que simulam bebês reais e ganharam popularidade como objetos de conforto emocional e terapêuticos. A tramitação do PL avançou sem grandes contenções, culminando na aprovação em segunda votação na Câmara Municipal. No texto, o parlamentar ressalta que “o nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais.”
Reações e debates
O projeto despertou atenção por reconhecer um nicho cultural pouco tradicional, o que resultou em debates sobre a legitimidade e o impacto social dessa iniciativa legislativa. Líderes partidários e membros da Câmara manifestaram opiniões divergentes, mas o voto favorável prevaleceu, reconhecendo o valor simbólico e terapêutico desses bonecos em contextos de luto e trauma. Conforme descrito no projeto, “os bebês realistas estão ganhando cada vez mais espaço, pois tornaram-se uma febre mundial. Surpreende, ainda, o fato de que no mundo dos bebês reborn, existe até maternidade e parto.”
“Os bebês realistas estão ganhando cada vez mais espaço, pois tornaram-se uma febre mundial. Surpreende, ainda, o fato de que no mundo dos bebês reborn, existe até maternidade e parto. Há ainda, relatos de casos em que são utilizados como terapia por Psicólogos, para o restabelecimento de lutos e outros traumas.”
— Vitor Hugo, Vereador, Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Desdobramentos e desafios
Com a aprovação do projeto, o próximo passo é a sanção do prefeito Eduardo Paes para que o “Dia da Cegonha Reborn” seja oficialmente incorporado ao calendário municipal. O reconhecimento legal pode fomentar novas iniciativas culturais e terapêuticas ligadas aos bebês reborn, cuja popularidade tem sido comprovada por dados da plataforma Google Trends, que indicam picos de busca significativos ao longo do ano passado. Ainda assim, o projeto traz desafios de percepção social e enquadramento institucional, pois insere uma temática inovadora no espectro político e legislativo.
“O nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais.”
— Vitor Hugo, Vereador, Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Esse avanço legal representa o reconhecimento das múltiplas dimensões emocionais e culturais contemporâneas, indicando caminhos potenciais para a inclusão de novas expressões sociais na agenda pública do município.
Fonte: (CNN Brasil – Política)