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Biotecnologia e Saúde

Brain-computer interfaces passam por teste crítico em terapia genética

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São Paulo — InkDesign News — A biotecnologia avança no campo da saúde com interfaces cérebro-computador (BCIs) implantadas em pacientes paralisados, possibilitando que comandem dispositivos por meio de sinais neurais, prometendo revolucionar a interação entre humanos e máquinas.

Contexto científico

As interfaces cérebro-computador (BCIs) implantadas representam uma fronteira inovadora na biotecnologia e saúde, sobretudo para pessoas com paralisia severa. Desde o primeiro controle de um cursor por implantação cerebral em 1998, a área limitou-se a experimentos pontuais, envolvendo poucos pacientes e com funcionalidade restrita. Em laboratórios e clínicas nos Estados Unidos (EUA), Austrália e China, três empresas despontam na condução de ensaios clínicos mais amplos para validar e aprimorar esses dispositivos: a Neuralink (EUA), a Synchron (EUA e Austrália) e a Neuracle Neuroscience (China e EUA).

“Em termos de avanços, chamamos esta fase de era da tradução,” comenta Michelle Patrick-Krueger, cientista da Universidade de Houston, que conduziu levantamento detalhado sobre testes clínicos em BCIs, junto ao neuroengenheiro Jose Luis Contreras-Vidal.

“Em um passado recente, havia investimento privado significativo, que cria entusiasmo e permite aceleração.”
(“In the past couple of years there has been considerable private investment. That creates excitement and allows companies to accelerate.”)

— Michelle Patrick-Krueger, Cientista de Pesquisa, Universidade de Houston

Metodologia e resultados

As técnicas diferem conforme o dispositivo: a Neuralink aplica múltiplos fios de eletrodos diretamente no cérebro por meio de perfuração no crânio, capturando um volume maior de atividade neural. Já a Synchron utiliza um “stentrode,” um stent com eletrodos implantado via veia no pescoço, evitando cirurgia cerebral invasiva e possibilitando controle binário simplificado, como alternar entre opções em menus ou mensagens pré-escritas. A Neuracle implanta um patch eletrodos sobre o cérebro, tendo reportado estimulação elétrica que fez um paciente paralisado fechar a mão.

Esses estudos exploratórios registraram desde jogabilidade com um cursor controlado pela mente até movimentos motores induzidos por estimulação elétrica direta. No entanto, os desafios ainda incluem duração dos implantes e grau de controle proporcionado, além da escalabilidade para uso prático e aprovação regulatória.

“Uma coisa é fazê-los funcionar, outra é realmente implantá-los. Também há questões técnicas subjacentes.”
(“One thing is to have them work, and another is how to actually deploy them. Also, behind any great news are probably technical issues that need to be addressed.”)

— Jose Luis Contreras-Vidal, Neuroengenheiro, Universidade de Houston

Implicações clínicas

A área registra cerca de 25 ensaios clínicos com implantes BCI em andamento, com 71 pacientes históricos tendo controlado computadores diretamente via neurônios. O avanço das empresas mencionadas intensifica a busca por dispositivos aprovados para uso comercial que possam, por exemplo, permitir que pacientes com paralisia severa utilizem computadores e realizem comunicação assistida.

As próximas etapas incluem estudos pivotais para submissão a órgãos reguladores, avaliação da segurança, durabilidade e funcionalidade dos dispositivos em ambientes reais. Assim, espera-se que, numa década, essas BCIs possam transcender a fase de pesquisa para produtos clínicos efetivos.

Esse progresso destaca o potencial das BCIs para transformar a assistência a pessoas com limitações motoras graves, inserindo-as em um futuro de interação mais natural e inclusiva com tecnologias digitais.

Fonte: (MIT Technology Review – Biotecnologia e Saúde)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.
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