
Nova York — InkDesign News —
As bolsas de Nova York fecharam em queda pelo segundo pregão consecutivo nesta terça-feira (6), influenciadas pela expectativa da decisão do Federal Reserve (Fed) sobre juros, tensões comerciais e resultados corporativos variados, refletindo incertezas sobre inflação e crescimento econômico.
Panorama econômico
O cenário global permanece marcado por uma combinação de incertezas relacionadas à política monetária dos Estados Unidos e às dinâmicas do comércio internacional. O Federal Reserve iniciou sua reunião de dois dias nesta terça-feira, preparando o mercado para a decisão sobre a manutenção da taxa de juros, prevista para quarta-feira. Os investidores monitoram atentamente a fala do presidente Jerome Powell, especialmente sobre os efeitos das tarifas comerciais na inflação. Paralelamente, negociações comerciais entre Estados Unidos, União Europeia, Canadá e Reino Unido indicam avanços na redução de tarifas, enquanto tensões com a China persistem.
Indicadores e análises
Os índices de Nova York registraram recuo: Dow Jones caiu 0,95%, fechando em 40.829,00 pontos; S&P 500 recuou 0,77%, aos 5.606,91 pontos; e Nasdaq caiu 0,87%, aos 17.689,66 pontos. No mercado corporativo, ações de biotecnologia sofreram pressões significativas, com Moderna despencando 12,2%, seguida por Pfizer (-4,2%), Eli Lilly (-5,6%) e GSK (-3,5%). Empresas como Palantir (-12%), DoorDash (-7,44%) e Vertex Pharmaceuticals (-10%) reportaram resultados trimestrais abaixo ou em linha com expectativas. Em contrapartida, Upwork (+18%), Neurocrine Biosciences (+8,4%) e Hims & Hers Health (+18%) tiveram desempenho positivo ao superarem previsões de lucro e receita.
Conforme reportado,
“O déficit comercial disparou 14% em março, atingindo o recorde de US$ 140,5 bilhões, com importações crescendo mais do que exportações, às vésperas das tarifas de Donald Trump. Esse movimento pressionou o PIB, que caiu 0,3% no primeiro trimestre”
(“The trade deficit surged 14% in March, reaching a record $140.5 billion, with imports growing faster than exports, on the eve of Trump’s tariffs. This movement pressured the GDP, which fell 0.3% in the first quarter”)— Stephen Stanley, Economista-chefe, Santander
Impactos e previsões
Os impactos indicado sugerem efeitos mistos para a indústria e o consumidor. A queda no PIB do primeiro trimestre indica desaceleração, ainda que projeções sinalizem recuperação no segundo trimestre, com estimativa de alta anualizada de 4%. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, indicou negociações ativas com 17 países para novos acordos comerciais, criticando a falta de diálogo da China. Sobre o acordo iminente entre Reino Unido e Estados Unidos para redução tarifária em setores-chave, Bessent comentou:
“Estamos perto de um acordo que pode facilitar o comércio e reduzir custos para consumidores e indústrias nos dois lados do Atlântico.”
(“We are close to an agreement that can facilitate trade and reduce costs for consumers and industries on both sides of the Atlantic.”)— Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA
A volatilidade nos mercados pode se manter até a definição do Fed e a evolução das tensões comerciais. Empresas do setor de tecnologia e biotecnologia seguem como indicadores sensíveis ao ambiente global e às políticas internas dos EUA.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)