
Pequim — InkDesign News — As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta terça-feira (6), refletindo a cautela dos investidores diante das negociações comerciais entre os Estados Unidos e países da região, com impactos sobre inflação, juros e crescimento econômico.
Panorama econômico
No contexto global, a atenção dos mercados esteve voltada para os desdobramentos das discussões tarifárias entre os EUA e os países asiáticos, em meio a um cenário de pressões inflacionárias e decisões de política monetária importantes. Enquanto os bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil iniciam suas avaliações de juros, a China manifestou interesse em cooperação regional para enfrentar barreiras comerciais.
Indicadores e análises
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 1,13%, fechando em 3.316,11 pontos, interrompendo uma sequência de quatro pregões negativos após o retorno de um feriado de três dias. O Shenzhen Composto avançou 2,25%, encerrando em 1.958,73 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng teve alta de 0,70%, aos 22.662,71 pontos, enquanto o índice Taiex, em Taiwan, recuou marginalmente 0,05%, fechando em 20.522,59 pontos. No Japão e na Coreia do Sul, os mercados permaneceram fechados devido a feriados locais.
Na Oceania, a bolsa australiana, representada pelo S&P/ASX 200, recuou 0,08%, fechando aos 8.151,40 pontos, mantendo uma tendência negativa iniciada na sessão anterior.
Pesquisas recentes da S&P Global/Caixin Media indicaram um recuo do PMI de serviços chinês de 51,9 em março para 50,7 em abril, o menor nível desde setembro do ano anterior, o que sinaliza o impacto das tarifas na segunda maior economia mundial.
Impactos e previsões
“Estamos muito próximos de fechar alguns acordos”
(“We are very close to closing some deals”)— Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA
Essa proximidade de acordos tarifários, conforme ressaltado pelo secretário do Tesouro americano Scott Bessent, sustenta as expectativas de alívio para as cadeias produtivas e para o controle inflacionário. Pequim já havia sinalizado disposição para iniciar negociações tarifárias, tese fortalecida pelo pronunciamento do presidente do Banco Central da China, que defende a união dos países asiáticos contra tarifas.
“O presidente do BC da China pede união de países asiáticos contra tarifas”
(“China central bank president calls for Asian countries’ unity against tariffs”)— Agência Reuters
Especialistas ressaltam que eventuais avanços nas negociações podem melhorar a confiança do mercado, favorecer investimentos e contribuir para ajustes econômicos que moderem os efeitos inflacionários e influenciem decisões futuras de política monetária.
Os próximos capítulos das negociações comerciais, acompanhados de perto pelos mercados financeiros, deverão fornecer pistas importantes para a trajetória das bolsas asiáticas e para as estratégias dos bancos centrais no combate à inflação e estímulo ao crescimento. A reação do mercado pode ser decisiva para a recuperação econômica regional e global nos meses seguintes.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)