BluSmart recebe proposta de US$30M para retomar mobilidade elétrica

Nova Délhi, Índia — InkDesign News —
Investidores propõem um aporte de US$ 30 milhões para revitalizar a BluSmart, startup indiana de mobilidade elétrica (EV) que suspendeu suas operações após uma investigação envolvendo o uso de financiamentos para veículos elétricos. A operação visa garantir a continuidade do serviço e equacionar passivos relacionados a dívidas e salários.
Autonomia e bateria
A frota da BluSmart, composta por aproximadamente 8.700 veículos elétricos, enfrenta o risco de degradação das baterias devido à paralisação do serviço, o que pode afetar significativamente a autonomia futura dos EVs. A manutenção adequada é fundamental para preservar a capacidade das baterias de íon-lítio (Li-ion), geralmente utilizadas nos veículos da frota.
O desafio técnico é assegurar que as baterias não fiquem descarregadas por longos períodos, fator que pode reduzir a vida útil do sistema de armazenamento energético e, consequentemente, o alcance dos veículos por carga.
Infraestrutura de recarga
Para o reinício das operações, será essencial avaliar a infraestrutura de recarga, incluindo a capacidade de estações rápidas (Level 3) para garantir tempos mínimos de recarga com custos competitivos, estimados entre R$ 1 a R$ 2 por kWh na Índia.
Investidores buscam organizar dívidas pendentes, estimadas em cerca de 2,5 bilhões de rúpias indianas, parte das quais refere-se a salários atrasados para cerca de 600 colaboradores, visando estabilizar a operação e garantir sustentabilidade financeira.
Tecnologia autônoma
Embora a BluSmart seja focada em cab-hailing utilizando motoristas, a retomada da empresa pode abrir espaço para futuras integrações tecnológicas, incluindo veículos autônomos. Essa abordagem poderia incrementar a eficiência do serviço e a experiência do usuário, reduzindo custos operacionais e aumentando a disponibilidade.
“O aporte será tratado como dívida não garantida e será direcionado para resolver as obrigações operacionais da startup, incluindo salários pendentes e faturas.”
(“The proposed investment will be treated in the form of unsecured debt and will be aimed at fixing the startup’s operational liabilities, including pending dues and employee salaries.”)— Fontes, TechCrunch
A crise gerada pela investigação na Gensol Engineering, empresa responsável pelo leasing dos EVs e que compartilha cofundador com a BluSmart, evidencia a importância da governança corporativa em startups de alta tecnologia e mobilidade sustentável.
“Investidores não desejam perder a marca BluSmart para concorrentes que possam utilizar sua frota para serviços semelhantes.”
(“Existing BluSmart investors do not want the startup to lose its branding by letting other cab-hailing companies, including Evera and even Uber, use its fleet on their services.”)— Fontes, TechCrunch
A retomada das operações da BluSmart está prevista para as próximas três semanas, mas ainda depende de decisões estratégicas, incluindo a possível saída do cofundador Anmol Singh Jaggi, um requisito para o novo aporte.
Novos investimentos, parcerias estratégicas como as com Uber, Adani Group e Eversource Capital, e uma reestruturação tecnológica podem posicionar BluSmart para uma expansão significativa no mercado indiano de EVs, ampliando a oferta de mobilidade elétrica de baixo impacto e eficiência energética.
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Fonte: (TechCrunch – Mobilidade & EVs)