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Economia

BC adia decisão sobre juros por incerteza global e inflação alta

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São Paulo — InkDesign News — O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic para 14,75% na quarta-feira (7), o maior patamar em quase 20 anos, sem sinalizar o fim do ciclo de alta de juros, em meio a um ambiente de incertezas globais e inflação persistente acima da meta no Brasil.

Panorama econômico

O contexto internacional se mostra especialmente adverso e incerto, impactado por tensões na política comercial dos Estados Unidos, em meio a uma guerra tarifária que afeta a economia global e as perspectivas inflacionárias dos países. Internamente, o cenário é marcado pela desaceleração ainda incipiente da inflação, que permanece acima do compatível com a meta estabelecida pelo BC.

Nas palavras do Copom, “a política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária”.

A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da magnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária.
(“Trade policy feeds uncertainties about the global economy, notably regarding the magnitude of the economic slowdown and the heterogeneous effect on the inflationary scenario among countries, with significant repercussions for monetary policy conduction.”)

— Copom, Banco Central

Indicadores e análises

A Selic foi elevada em 0,5 ponto percentual, chegando a 14,75%, índice não visto desde o início dos anos 2000. O BC destacou na nota que os riscos para a inflação estão equilibrados, com três riscos apontados para alta e três para baixa, incluindo a desancoragem das expectativas inflacionárias e maior resiliência da inflação de serviços, contra uma potencial desaceleração econômica mais acentuada e queda nos preços de commodities.

No horizonte relevante para a política monetária, 2026, a inflação projetada é de 3,6%, acima do centro da meta de 3%, mas ainda dentro da banda de tolerância (1,5% a 4,5%).

“Não há, no comunicado, sinalização sobre uma eventual flexibilização da política monetária, embora o consenso do mercado aponte para uma redução do ritmo de alta da Selic”.
(“There is no signaling in the statement about a possible monetary policy easing, although market consensus points to a slowing pace of Selic hikes.”)

— Igor Rocha, Economista-chefe da Fiesp

Impactos e previsões

Especialistas ponderam que a decisão do Copom oferece margem de manobra diante das incertezas, especialmente as externas, que influenciam diretamente a dinâmica doméstica. A elevação da taxa de juros reflete uma estratégia de manutenção do aperto monetário por período prolongado, ainda sem definição clara sobre o momento de reversão.

Para o consumidor e o setor produtivo, a Selic a 14,75% significa custos financeiros elevados, impactando crédito e investimentos, enquanto mantém o foco no controle inflacionário. A volatilidade e a ausência de sinais claros quanto ao futuro indicam um período de vigilância intensa por parte dos agentes econômicos.

“O balanço de riscos deixa de ser assimétrico, e passa a ser mais equilibrado, mas com caudas grossas, tanto risco de baixa quanto de alta. Tem o tom de vigilância — provavelmente para reforçar a estratégia de juros elevados por período prolongado”.
(“The risk balance ceases to be asymmetric, becoming more balanced but with fat tails, both on the downside and upside risk. It has a tone of vigilance — likely to reinforce the strategy of elevated interest rates for a prolonged period.”)

— Natalie Victal, Economista-chefe da SulAmérica Investimentos

Com o cenário internacional ainda incerto e a inflação doméstica persistindo acima da meta, os próximos passos do Banco Central permanecem em aberto, com possibilidade de desaceleração nas altas da Selic a partir de junho, dependendo da evolução dos indicadores econômicos e dos riscos globais.

Fonte: (CNN Brasil – Economia)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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