
Brasília — InkDesign News — O Banco Central do Brasil determinou o bloqueio das contas bancárias e ativos financeiros da deputada Carla Zambelli (PL-SP) em resposta a um mandado de prisão emitido pelo ministro Alexandre de Moraes, em 4 de outubro de 2025. A medida surge após a condenação da deputada a dez anos de prisão por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Contexto jurídico
A decisão do Banco Central foi formalizada em um ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), informando que a ordem de bloqueio foi transmitida a todas as instituições financeiras do país. Além das contas bancárias, o bloqueio se estende a transferências de Pix, cartões de crédito, aplicações em fundos de investimento, previdência privada, cartas de consórcio, ouro e criptomoedas. A prisão de Zambelli foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que a deputada havia fugido do país para evitar o cumprimento da condenação.
Argumentos e precedentes
O advogado de Zambelli, Daniel Bialski, deixou a defesa após a fuga da parlamentar, que alega ter saído do Brasil para tratamento de saúde. Na última terça-feira (3), a deputada declarou em uma rádio que planeja pedir licença do mandato. A PGR, no entanto, sustenta que a fuga configura uma tentativa de obstruir a Justiça. O ministro Moraes, por sua vez, iniciou um inquérito para apurar a possível prática de coação e obstrução de investigação, afirmando que Zambelli adota o “mesmo modus operandi” que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
A defesa será realizada pela Defensoria Pública da União (DPU), conforme determinação de Moraes.
(“A representação judicial da parlamentar seja feita pela Defensoria Pública da União (DPU).”)— Alexandre de Moraes, Ministra do STF
Impactos e desdobramentos
A fuga de Zambelli e o consequente bloqueio de seus ativos refletem um momento crítico no cenário político brasileiro, levantando discussões sobre a impunidade de figuras públicas. A abertura de um inquérito para investigar sua conduta poderá criar precedentes importantes para casos futuros envolvendo corrupção e obstrução de Justiça. Especialistas em direito ressaltam a importância de ações rigorosas para manter a integridade do sistema judiciário e reforçar a confiança da sociedade nas instituições.
A sociedade exige uma resposta clara sobre a conduta de figuras públicas em casos de corrupção.
(“A importância de ações rigorosas para manter a integridade do sistema judiciário.”)— Especialista em Direito, Pesquisador
As implicações de tais ações podem promover discussões sobre reformas necessárias em áreas como a legislação sobre corrupção e obstrução de Justiça, a fim de fortalecer possíveis medidas futuras contra práticas ilícitas por parte de representantes eleitos.
Fonte: (Agência Brasil – Justiça)