
São Paulo — InkDesign News — A companhia aérea Azul informou, nesta quarta-feira (14), que no primeiro trimestre teve um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,82 bilhão, valor acima do resultado negativo de R$ 324 milhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Panorama econômico
O setor aéreo brasileiro tem enfrentado desafios significativos, exacerbados pela inflação persistente e altas taxas de juros. Essas condições têm impactado negativamente o consumo e a confiança do consumidor. Além disso, a recente desvalorização do real em relação ao dólar adicionou pressão sobre as finanças das companhias aéreas, que dependem em grande parte de insumos importados. A Azul destacou que, até o momento, mantém sua operação sem recorrer a processos de recuperação judicial, o que a diferencia de concorrentes.
Indicadores e análises
No primeiro trimestre, a companhia registrou um Ebitda de R$ 1,38 bilhão, apontando uma queda de 29,4% em relação ao ano anterior, com a margem reduzida de 30,3% para 25,7%. Apesar disso, a receita líquida total aumentou 15,3%, alcançando R$ 5,39 bilhões. Como mencionado no relatório financeiro da empresa, “sem ajustes, a Azul teve resultado líquido positivo no primeiro trimestre de R$ 783 milhões, revertendo prejuízo de R$ 1,12 bilhão de um ano antes” (“without adjustments, Azul had a positive net result in the first quarter of R$ 783 million, reversing a loss of R$ 1.12 billion a year earlier”).
Impactos e previsões
A crescente alavancagem financeira, que chegou a 5,2 vezes em março, em comparação a 3,7 vezes no ano passado, é uma preocupação para analistas. A Azul atribuiu esse aumento à desvalorização do real, que impactou diretamente sua dívida. “Se for considerada a conversão de parte de dívida da empresa que vence em 2029 e 2030 em ações, a alavancagem da Azul no período teria sido de 4,4 vezes” (“if part of the company’s debt maturing in 2029 and 2030 is considered for conversion into shares, Azul’s leverage during the period would have been 4.4 times”), assegurou a companhia. Além disso, a empresa terminou o trimestre com R$ 3,3 bilhões em caixa, reduzindo 19% em relação ao ano anterior. A previsão de especialistas indica que a recuperação do setor dependerá da estabilidade econômica e da confiança do consumidor.
À medida que a Azul navega esses desafios financeiros, permanece vigilante em relação às medidas necessárias para estabilizar sua situação e potencialmente buscar novos investimentos ou reestruturações em sua dívida.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)