Autoridades britânicas condenam mastermind de ataque a criptomoedas
São Paulo — InkDesign News — A masterminde por trás de um dos maiores fraudes financeiras da China se declarou culpada em um tribunal de Londres, confessando seu envolvimento na lavagem de uma quantia recorde de criptomoeda. Zhimin Qian, de 47 anos, admitiu ter adquirido e possuído ilegalmente criptomoeda no Southwark Crown Court em 29 de setembro de 2025.
Incidente e vulnerabilidade
Entre 2014 e 2017, Qian organizou um vasto esquema de Ponzi, conhecido como a fraude Lantian Gerui, por meio da empresa Tianjin Lantian Gerui Electronic Technology. Este esquema, onde investimentos de novos participantes eram utilizados para pagar retornos de investidores anteriores, atraiu cerca de 128.000 vítimas, muitas delas na faixa etária de 50 a 75 anos, oferecendo promessas de retornos altos de até 300%. A queda do esquema levou Qian a converter os fundos ilícitos em Bitcoin e a fugir da China com documentos falsos. Este caso se tornou conhecido após a apreensão de mais de 61.000 Bitcoins, avaliados em mais de £5,5 bilhões, marcando uma das maiores apreensões de criptomoeda da história.
Impacto e resposta
A entrada de Qian no Reino Unido em 2017 a levou a recrutar um cúmplice, Jian Wen, para agir como um intermediário na lavagem do dinheiro digital por meio de ativos de luxo. O estilo de vida deles mudou radicalmente, passando de uma habitação precária a alugar uma casa de seis quartos em Londres por £17.000 mensais. Em outubro de 2018, a Polícia Metropolitana conduziu uma operação em sua residência, confiscando mais de £300 milhões em Bitcoin, mas os dispositivos eletrônicos apreendidos que continham as chaves digitais para a fortuna só foram descobertos em 2021. Esta investigação complexa envolveu colaboração com as autoridades em Tianjin e Pequim, culminando na prisão de Qian em abril de 2024, enquanto Wen foi condenado a seis anos e oito meses de prisão.
Mitigações recomendadas
Com o foco agora sobre a destinação dos ativos confiscados, a Procuradoria do Reino Unido, sob a Lei de Proceeds of Crime (POCA), retém os fundos em espera de uma decisão judicial. O governo britânico, representado pela Chanceler Rachel Reeves, tem demonstrado interesse em utilizar esses recursos para equacionar o orçamento nacional, enquanto as autoridades chinesas reivindicam que os fundos são propriedade de investidores lesados. O caso ressalta a necessidade de regulamentos robustos na fiscalização das atividades de criptomoeda e práticas de Know Your Customer (KYC) mais rigorosas em transações de alto valor.
“A condenação de Qian prova que o Reino Unido não é um porto seguro para criminosos que buscam esconder suas riquezas.”
(“This conviction proves that the UK is not a place for criminals to hide their stolen wealth.”)— Rachel Reeves, Chanceler, Reino Unido
À medida que a batalha sobre a destinação dos bilhões prossegue, os riscos de fraudes similares permanecem elevados, ressaltando a importância de uma vigilância contínua e uma abordagem cooperativa entre nações para combater crimes financeiros. Os próximos passos serão cruciais para garantir a recuperação dos ativos e prevenir futuras fraudes no espaço das criptomoedas.
Fonte: (Hack Read – Segurança Cibernética)
