
Rio de Janeiro — InkDesign News — O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) cancelou, na segunda-feira (12), uma audiência essencial que poderia impactar o futuro de Ednaldo Rodrigues como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Desenvolvimento do jogo
O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro decidiu cancelar a audiência devido à ausência do ex-presidente da CBF, Coronel Antônio Carlos Nunes, que não pôde comparecer por questões de saúde. Segundo André Mattos, diretor jurídico da CBF, o ex-dirigente está impossibilitado de participar, mesmo que de forma remota. A presença de Nunes é crucial para esclarecer uma acusação de falsificação na assinatura de um acordo que garantiu a permanência de Ednaldo Rodrigues no comando da CBF, homologado em janeiro deste ano.
Destaques e estatísticas
A deputada federal Daniel Carneiro (União-RJ) levantou a suspeita de fraude na assinatura, fundamentando-se em um laudo datado de 19 de junho de 2023 que atesta um “dénfict cognitivo” de Nunes. A CBF, em resposta, refutou quaisquer alegações de ilegalidade no processo que conduziu à ascensão de Ednaldo ao cargo de presidente. “Não havia, à época, quaisquer elementos nos autos que levassem à compreensão ou sequer suspeitas de ocorrência de simulação, fraude ou incapacidade civil dos envolvidos”, ressaltou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Repercussão e próximos passos
A audiência foi cancelada no mesmo dia em que Ednaldo Rodrigues confirmou Carlo Ancelotti como o novo técnico da Seleção Brasileira, uma decisão amplamente comentada nos meios esportivos. O processo que envolve a CBF está ativo desde 2018, iniciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que contesta irregularidades nas eleições anteriores. O MP argumenta que o estatuto da confederação fere a Lei Pelé, ao conferir pesos distintos nas votações entre clubes e federações estaduais. Em 2021, a Justiça anulou a eleição de Rogério Caboclo e determinou uma intervenção na CBF, embora essa medida tenha sido cassada pouco depois.
A CBF e o Ministério Público firmaram um acordo extrajudicial que culminou na eleição de Ednaldo Rodrigues para um mandato de quatro anos, após sua atuação como presidente interino.
— André Mattos, Diretor Jurídico, CBF
Com o cancelamento da audiência, o futuro da CBF e a situação de Ednaldo Rodrigues permanecem incertos, criando uma expectativa significativa entre os torcedores e stakeholders do futebol brasileiro. O desfecho dessa controvérsia poderá ter repercussões profundas não apenas na governança da CBF, mas também no desempenho da Seleção Brasileira durante o mandato de Ancelotti.
Fonte: (CNN Brasil – Esportes)