
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos da Universidade Chalmers, na Suécia, descobriram a estrela supergigante vermelha Stephenson 2 DFK 52, que reside no aglomerado estelar massivo RSGC2, distante 5.800 parsecs (18.917 anos-luz) da Terra. Esta descoberta pode ajudar a entender melhor a evolução das estrelas em estados avançados.
Contexto da descoberta
O aglomerado RSGC2 abriga pelo menos 26 estrelas supergigantes vermelhas e está localizado na base do braço espiral Escudo-Cruzeiro da Via Láctea. A região é conhecida por sua atividade recente de formação estelar, particularmente onde o braço encontra o bulbo galáctico. A equipe focou suas observações em Stephenson 2 DFK 52, que está passando por um processo de expulsão de gás e poeira à medida que se aproxima do fim de sua vida.
De acordo com a pesquisa, Stephenson 2 DFK 52 é semelhante a Betelgeuse, outra conhecida estrela supergigante. No entanto, a nuvem de material expelido por DFK 52 apresenta características únicas e complexas, levantando questões sobre seu comportamento.
Métodos e resultados
A observação foi realizada com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), que permitiu aos cientistas analisar como o material se movimenta ao redor da estrela. A velocidade dos fragmentos foi destacada na pesquisa, com partes se movendo em direção à Terra em azul e opostas em vermelho.
“Os dados mostram que, há cerca de 4.000 anos, a estrela passou por um episódio de intensa expulsão de massa e, em seguida, desacelerou para uma taxa mais semelhante à de Betelgeuse.”
(“The data show that about 4,000 years ago the star went through an episode of extreme mass shedding, and then slowed down to its current rate, more similar to that of Betelgeuse.”)— Mark Siebert, Astrônomo, Universidade Chalmers
O estudo identificou que Stephenson 2 DFK 52 tem uma massa entre 10 e 15 massas solares e já perdeu de 5% a 10% de sua massa inicial. A nuvem de material expelido é a maior encontrada em torno de uma supergigante até agora, com impressionantes 1,4 anos-luz de diâmetro.
Implicações e próximos passos
Os pesquisadores ainda buscam responder várias perguntas sobre a complexidade do material expelido e suas possíveis interações com estrelas companheiras. A teoria atual sugere que “poderia haver uma interação incomum com uma estrela companheira, o que levanta questionamentos sobre a forma complexa da nuvem.” Além disso, a pesquisa ajudará a prever como a supergigante se comportará nos próximos milhões de anos, antes de sua eventual explosão de supernova.
Com a publicação do estudo no periódico Astronomy & Astrophysics, o avanço na compreensão de estrelas supergigantes como Stephenson 2 DFK 52 terá implicações significativas na astrofísica moderna.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)