
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos descobriram uma galáxia pequena e fantasmagórica, designada SDSS J011754.86+095819.0, em uma região remota do universo. Esse “refugiado cósmico”, lançado de seu grupo galáctico original há bilhões de anos, agora vaga em quase total isolamento.
Detalhes da missão
O estudo foi liderado por Sanjaya Paudel, professor de pesquisa no departamento de astronomia da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul. Equipes utilizaram um modelo de aprendizado de máquina treinado com 5.000 galáxias anãs catalogadas para filtrar dados de imagens do Sloan Digital Sky Survey e da DESI Legacy Imaging Survey. A galáxia dE01+09, situada a mais de 3,9 milhões de anos-luz do grupo NGC 524, no aglomerado da constelação de Peixes, se destacou por sua solidão e por não ter formação estelar recente. Paudel afirmou:
“Não há nada nas proximidades”
(“There is nothing nearby.”)— Sanjaya Paudel, Professor de Pesquisa, Universidade Yonsei
Tecnologia e objetivos
A identificação de dE01+09, uma galáxia pequena e fraca, foi confirmada por uma análise espectroscópica que indicou que seu processo de formação estelar cessou há aproximadamente 8,3 bilhões de anos. Essa quitação ocorreu em meio a forças poderosas que removeram o gás necessário para novas estrelas. O modelo aplicado pelos pesquisadores destacou ainda que a velocidade radial da galáxia corresponde à de cinco outras no grupo NGC 524, sugerindo uma conexão passada entre elas.
Próximos passos
Os pesquisadores planejam investigar mais galáxias fugitivas, visando compreender a frequência desses eventos de ejeção galáctica e iluminar os ciclos de vida complexos das menores galáxias do universo. Paudel comentou:
“Pode ser que, no futuro, com observações mais profundas, possamos descobrir algo”
(“Maybe in the future, with deeper observations, we might find something.”)— Sanjaya Paudel, Professor de Pesquisa, Universidade Yonsei
O impacto dessa descoberta é significativo, pois lança luz sobre a dinâmica das galáxias e os processos que governam suas interações e desenvolvimentos ao longo de bilhões de anos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)