
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos finalmente identificaram a estrela companheira de Betelgeuse, que orbita-a em uma trajetória estreita. Essa descoberta pode oferecer respostas a um mistério de longa data sobre a variável luminosidade da famosa supergigante vermelha.
Detalhes da missão
Em dezembro de 2024, o telescópio Gemini North, equipado com o instrumento ‘Alopeke, capturou imagens pela primeira vez do companheiro de Betelgeuse. Estima-se que essa estrela menor tenha cerca de 1,5 vezes a massa do Sol e orbite Betelgeuse a uma distância equivalente a quatro vezes a existente entre a Terra e o Sol.
Tecnologia e objetivos
O projeto foi liderado por Steve Howell, cientista do NASA Ames Research Center, utilizando o recurso de “imagem de speckle” da Gemini North. Essa técnica permite observar astros em alta resolução ao corrigir distorções causadas pela atmosfera da Terra. Howell comentou:
“A capacidade do Gemini North de obter alta resolução angular e contrastes nítidos permitiu a detecção direta do companheiro de Betelgeuse.”
(“Gemini North’s ability to obtain high angular resolutions and sharp contrasts allowed the companion of Betelgeuse to be directly detected.”)— Steve Howell, Cientista, NASA Ames Research Center
Com essa inovação, os pesquisadores puderam não apenas visualizar a estrela, mas também começar a compreender suas características e dinâmica, contribuindo para a explicação dos padrões de variação de luminosidade do sistema.
Próximos passos
Os cientistas planejam observar o companheiro de Betelgeuse novamente em novembro de 2027, quando ele atingirá a máxima separação em relação à supergigante vermelha. A equipe prevê que a interação gravitacional entre as duas estrelas, que começou com a detecção dessa nova companheira, culminará em um evento de canibalismo estelar dentro de 10.000 anos.
“Isso agora abre a porta para outras pesquisas observacionais de natureza semelhante,” disse Howell, indicando o potencial para novas descobertas no campo da astrofísica.
A detecção da estrela companheira não apenas esclarece a variação de luminosidade de Betelgeuse, mas também aprofunda nosso entendimento sobre como as estrelas se desenvolvem em sistemas binários. Essa pesquisa pode fornecer insights valiosos sobre situações similares em outros sistemas estelares, expandindo nosso conhecimento sobre a evolução estelar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)