
Brasilia — InkDesign News — Uma rara convergência astronômica marcará a noite entre 20 e 21 de outubro, quando o céu será palco do ápice da chuva de meteoros Orionídeos, produzida pelos detritos do Cometa Halley, ao mesmo tempo em que dois cometas recém-descobertos, Lemmon e SWAN, atingem seu brilho máximo, segundo pesquisa descrita pela American Meteor Society e observatórios internacionais.
O Contexto da Pesquisa
A chuva de meteoros Orionídeos compõe o principal evento do que astrônomos denominam “temporada de meteoros” do outono. Ao longo dessa estação, diversos fenômenos menores ocorrem, mas os Orionídeos destacam-se pelo volume e velocidade, sendo diretamente associados ao famoso Cometa Halley, último visto no Sistema Solar interno em 1986 e previsto para retornar em 2061. O fenômeno ganha relevância devido à coincidência com a “lua nova”, tornando o céu especialmente propício para observação científica.
Resultados e Metodologia
Durante o pico da chuva de meteoros, por volta da madrugada do dia 21 de outubro, há expectativa de aproximadamente 20 “estrelas cadentes” por hora, atravessando a atmosfera a velocidades de até 66 km/s. Os meteoros poderão ser observados em qualquer parte do céu, mas, se rastreados, apontam para uma região próxima à estrela Betelgeuse, na constelação de Órion.
Simultaneamente, o Cometa Lemmon (C/2025 A6), identificado em janeiro pelo Mt. Lemmon SkyCenter no Arizona, será visto próximo ao noroeste, entre a ponta do cabo da constelação do Grande Carro (Big Dipper) e a estrela Arcturus. Já o Cometa SWAN (C/2025 R2), detectado em setembro pelo Solar Dynamics Observatory da NASA, aparecerá ao sul, logo abaixo de Altair, componente do Triângulo de Verão. O período ideal para visualizar os cometas será cerca de uma hora e meia após o pôr do sol, com auxílio de binóculos astronômicos — ou até mesmo a olho nu, em locais com baixa poluição luminosa.
“Os Orionídeos são um dos mais belos espetáculos meteoros do ano.”
(“The Orionids are one of the most beautiful showers of the year.”)— NASA
O estudo reforça que ambos os cometas permanecem em destaque apenas por período limitado e sua observação clara depende de condições meteorológicas favoráveis, além da ausência de lua no céu.
Implicações e Próximos Passos
A convergência desses fenômenos amplia as possibilidades de pesquisa sobre a composição de cometas e meteoros, além de fornecer dados valiosos à compreensão dos ciclos de detritos oriundos do Cometa Halley.
“A chuva de meteoros Orionídeos é produzida pelo Cometa Halley, que também origina a Eta Aquarídeos, em abril.”
(“Orionids are the product of Halley’s Comet, which was last seen in the inner solar system in 1986 and will next be seen in 2061. The other meteor shower caused by Halley’s Comet is April’s Eta Aquariids.”)— American Meteor Society
A observação simultânea dos Orionídeos e dos cometas Lemmon e SWAN deverá estimular novas campanhas de monitoramento e coleta de dados sobre fragmentos cometários e seu impacto na atmosfera terrestre. Astrônomos recomendam a preparação de registros fotográficos e espectrográficos para futuras modelagens sobre fragmentação e luminosidade desses corpos celestes.
Especialistas avaliam que a próxima década verá avanços decisivos na caracterização de meteoros e cometas, graças à integração de redes globais de telescópios e sensores automatizados, potencializando o registro de fenômenos raros como este.
Fonte: (Live Science – Ciência)