
São Paulo — InkDesign News — A Argentina suspendeu a importação de produtos avícolas do Brasil em 16 de setembro, após a confirmação de um caso de gripe aviária no Rio Grande do Sul, efeito que reverbera também na China e na União Europeia.
Panorama econômico
O cenário global apresenta desafios significativos para a indústria avícola brasileira, cuja relevância é destacada pela importância das exportações de carne de frango. O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina determinou a suspensão da importação como medida preventiva, exigindo comprovação de que o Brasil está livre da gripe aviária. A União Europeia adotou um procedimento similar, paralisando a importação de carne de frango produzida no Brasil, culminando em um ambiente de incerteza para os mercados internacionais.
Indicadores e análises
Em 2024, o Brasil exportou 229,984 mil toneladas de carne de frango para os 27 países da União Europeia, totalizando US$ 655,320 milhões. Entretanto, com as suspensões em vigor, as vendas podem sofrer retrações significativas. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que o foco na biossegurança é crucial: “Após a confirmação das autoridades brasileiras, a Senasa solicitou ao setor produtivo o reforço das medidas de biossegurança em seus estabelecimentos” (“After the confirmation from Brazilian authorities, Senasa requested the productive sector to reinforce biosecurity measures in their establishments”).
Impactos e previsões
As medidas de suspensão afetam diretamente a credibilidade da carne brasileira, além de comprometer a sustentabilidade financeira do setor avícola, especialmente no Rio Grande do Sul, o terceiro estado que mais exporta frango. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) expressou confiança nas tratativas que o Ministério da Agricultura está buscando para mitigar os impactos da situação: “Qualquer efeito decorrente da situação seja solucionado no menor prazo possível” (“any effect arising from the situation should be resolved as quickly as possible”).
Os próximos desdobramentos dependem do controle eficaz do surto e das negociações com parceiros comerciais. O Brasil busca restabelecer as exportações a partir de um protocolo de regionalização, limitando a exportação a um raio de 10 quilômetros do foco da gripe aviária, ajudando assim a mitigar os danos financeiros e recuperar sua posição no mercado internacional.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)