Android inova com gadgets excêntricos enquanto iOS fica monótono

São Paulo — InkDesign News — A indústria tech volta a se dividir em um cenário visual mais expressivo para smartphones com o lançamento antecipado do redesenho da interface do Android, batizado de Material 3 Expressive. A nova linguagem de design promete uma experiência mais impactante, distanciando-se do tradicional minimalismo que vem predominando em plataformas móveis, ao mesmo tempo em que observa tendências contrastantes adotadas pela Apple em seu iOS 19.
Contexto e lançamento
O anúncio antecipado do Material 3 Expressive surgiu por meio de um blog post temporariamente publicado pelo Google, logo antes de sua conferência anual Google I/O, gerando especulações sobre a direção estética do sistema operacional mais utilizado no mundo. Historicamente, o Android e o iOS mantiveram interfaces que, por vezes, se convergiram em estilos visuais, o que agora parece estar mudando. Enquanto o Android se lança em um design mais ousado e “funky”, a Apple busca unificar suas interfaces entre iPhone, iPad e Mac adotando um visual mais arredondado e minimalista echoando o design espacial do Vision Pro.
Design e especificações
O Material 3 Expressive se apresenta com formas irregulares e fontes enormes, que amplificam a visibilidade de elementos chave da interface, prometendo agilidade de até quatro vezes na identificação de ações pelo usuário. Entre os destaques está a “floating toolbar” em formato pílula, localizada na base de vários aplicativos, que valoriza tamanho e contraste para facilitar o uso por faixas etárias diversas. Segundo o Google, a proposta é “conectar com as pessoas em um nível emocional” por meio do uso marcante de cores e formas, afastando-se dos tradicionais layouts lineares e discretos.
Além disso, o Android 16 incorpora também novidades como os Quick Setting tiles redimensionáveis, que lembram as funcionalidades modulares implementadas pela Apple no iOS 18.
Repercussão e aplicações
A recepção inicial ao Material 3 Expressive é dividida, já que seu estilo visual intenso pode ser visto tanto como uma revolução estética quanto um detrator da clareza e funcionalidade usuais. Um aspecto controverso é a interface de apps como o Gmail, onde o botão “enviar” ocupa um espaço desproporcional na tela, deslocando a experiência de uso habitual. A pesquisa interna do Google enfatiza o aumento da “coolness” dos apps, inclusive com afirmações provocativas em relação ao design do iOS:
“Encontramos que o design expressivo bem aplicado é fortemente preferido por pessoas de todas as idades em comparação com o design não expressivo que seguia as Diretrizes de Interface Humana do iOS.”
(“We found that well-applied expressive design is strongly preferred by people of all ages over non-expressive design that followed the iOS Human Interface Guidelines.”)— Google, equipe de design
Em contrapartida, para muitos usuários e analistas, a adoção por parte da Apple de ícones arredondados e um visual integrado visa uniformizar a experiência entre dispositivos, proposta reforçada por vazamentos recentes e pela estrutura interna da empresa.
“A atualização mais pesquisada do sistema de design do Google, de todos os tempos, que promete acelerar a localização dos elementos mais importantes na interface.”
— 9to5Google, reportagem
Essa contramão estética entre as duas maiores plataformas sugere um cenário dinâmico para o design de interfaces, no qual o equilíbrio entre usabilidade e apelo visual se torna cada vez mais relevante.
Com o Android apostando em um visual mais audacioso e a Apple buscando coesão e simplicidade, a tendência aponta para uma diversificação das propostas de design de UI em 2025, que deve tanto desafiar quanto reequilibrar as expectativas dos usuários sobre a experiência nos dispositivos móveis.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)