
Paraná — InkDesign News — Miguelito, atacante do América-MG, permanece detido no Paraná após ser preso em flagrante por injúria racial durante um confronto válido pela sexta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, episódio ocorrido contra o Operário no último fim de semana.
Desenvolvimento do jogo
Na partida que movimentou a sexta rodada da Série B, o América-MG enfrentou o Operário com formações táticas alinhadas para buscar um resultado positivo fora de casa. Miguelito, meia-atacante boliviano de 21 anos, esteve presente, mas suas ações foram marcadas por uma ocorrência grave no segundo tempo. Segundo a Polícia Civil do Paraná, ele proferiu a expressão “preto do c******” contra o meia Allano, jogador adversário, o que motivou a prisão em flagrante do atacante durante a partida.
O técnico Fábio Carille havia escalado Miguelito como parte do setor ofensivo do América, buscando apoiar a criação de jogadas e pressionar a defesa adversária, porém o lance envolvendo a injúria racial marcou negativamente a atuação do jogador e repercutiu na continuidade da partida.
Destaques e estatísticas
Nascido em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, Miguelito chegou ao América-MG por empréstimo do Santos em março deste ano, com contrato vigente até o final da temporada de 2025. Até o momento, soma seis jogos e um gol pelo Coelho na Série B.
Iniciou a carreira no Santos em 2018, vindo da base após um intercâmbio no projeto Bolívia 2022. Em abril de 2022, assinou seu primeiro contrato profissional com o clube paulista, estreando no time principal em outubro daquele ano na goleada por 4 a 1 contra o Juventude pelo Campeonato Brasileiro.
Em 2024, destacou-se na Copa São Paulo de Futebol Junior ao registrar quatro assistências e quatro gols em seis partidas, além de integrar a seleção boliviana nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, onde figura como vice-artilheiro sul-americano, com cinco gols.
Repercussão e próximos passos
A prisão de Miguelito pelo crime de injúria racial representa a primeira ocorrência desse tipo em 2025 no futebol brasileiro, reacendendo debates sobre o combate ao racismo no esporte. A Polícia Civil do Paraná confirmou a prisão e a repercussão tomou conta dos meios esportivos e sociais, destacando a intolerância que ainda persiste em partidas de futebol.
“Este é um episódio que demonstra a necessidade contínua de ações educativas e penais para erradicar o racismo do futebol brasileiro.”
— Delegado da Polícia Civil do Paraná
O América-MG ainda não se posicionou oficialmente, mas o evento deverá impactar diretamente na carreira do jogador e no ambiente do clube. Miguelito, que enfrentou desafios pessoais em 2023, inclusive a perda da mãe, terá seu futuro no futebol marcado por essa controvérsia.
“Nosso compromisso com a ética e o respeito é absoluto. Atitudes racistas não têm espaço em nosso esporte.”
— Porta-voz do América-MG
O incidente lança uma sombra na Série B de 2025 e ressalta a urgência de mecanismos eficazes contra o racismo, influenciando a percepção da torcida e a integridade do campeonato.
Fonte: (CNN Brasil – Esportes)