
São Paulo — InkDesign News — O avanço da automação no setor de logística, especialmente com a introdução de robôs em armazéns da Amazon, levanta questões cruciais sobre o futuro do trabalho humano e as condições laborais de seus empregados.
Contexto e lançamento
A história de robôs e automação em armazéns não é nova, mas a Amazon tem liderado essa transformação em uma escala sem precedentes. Com a recente notícia de que a empresa ultrapassou a marca de um milhão de robôs em suas instalações, os trabalhadores humanos, que somam mais de 1,56 milhão, estão vendo suas funções gradualmente substituídas por máquinas. O aumento da produtividade, que saltou de 175 pacotes por funcionário em 2015 para 3.870 atualmente, traz à tona a dilema da segurança e saúde dos trabalhadores.
Design e especificações
A implementação desses sistemas robóticos não se limita apenas à movimentação de pacotes; a Amazon está explorando também robôs humanoides para tarefas de entrega. Relatórios recentes indicam que cerca de 75% das entregas passam por algum aspecto automatizado. Enquanto isso, as condições trabalhistas permanecem discutíveis, com estudos apontando que 41% dos funcionários já sofreram lesões no trabalho, evidenciando a falta de segurança nos ambientes operacionais.
Repercussão e aplicações
A discussão em torno da automação na Amazon não é apenas técnica; ela é profundamente cultural. A CEO da Amazon, Andy Jassy, mencionou a necessidade de “menos pessoas fazendo alguns dos trabalhos que estão sendo feitos hoje” em uma carta aos funcionários. Essa afirmação alarmou muitos, que temem por suas funções em um cenário cada vez mais dominado pela tecnologia. Com uma gestão que prioriza a eficiência, as vozes dos trabalhadores parecem se enfraquecer nesse novo paradigma. “A longo prazo, parece que o plano é simplesmente aliviar os trabalhadores de seus postos”
(“Rather than relieving warehouse workers of their stress, it seems the long-term plan is instead to simply relieve them of duty.”)— Gizmodo.
Em meio a essa transformação, a comunidade está atenta às implicações sociais e éticas que essas mudanças podem trazer. “Quem ainda terá uma voz para ser escutada?”
(“Who will still have a voice for them to listen to?”)— Gizmodo.
O futuro parece inclinar-se cada vez mais para uma integração profunda da automação nas operações diárias, questionando o papel do trabalhador humano em um setor que envolve cada vez mais tecnologias avançadas, prometendo mudanças radicais nos próximos anos.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)