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Ciência & Exploração

ALMA e JWST elucidam mistério da formação estelar

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Atacama — InkDesign News — Uma equipe internacional de astrônomos revelou, em 13 de agosto de 2025, detalhes inéditos sobre a formação estelar a partir do estudo da jovem estrela HH 211, a mil anos-luz da Terra, na constelação de Perseu. A descoberta, registrada por meio de observações conjuntas entre o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array) e o Telescópio Espacial James Webb (JWST), elucidou o local exato de origem dos jatos energéticos liberados por protoestrelas — uma das questões mais antigas da astrofísica.

O Contexto da Pesquisa

A formação de estrelas permanece, em vários aspectos, um enigma para a comunidade científica. As estrelas surgem dentro de densas nuvens de gás e poeira que, ao atingirem uma massa crítica, colapsam sob ação da própria gravidade. Assim nasce uma protoestrela, envolta por um disco de acreção de material capaz de alimentar seu crescimento. Pesquisadores há décadas debatem como parte do material do disco, incapaz de se acumular diretamente na estrela devido à alta rotação, é ejetada através de jatos protostelares energéticos. A origem precisa desses jatos, e o papel dos campos magnéticos nesse processo, eram temas ainda controversos por conta da dificuldade em observar as regiões internas próximas à protoestrela.

Resultados e Metodologia

No estudo publicado na revista Scientific Reports, a equipe utilizou o ALMA para examinar HH 211 — um objeto Herbig-Haro reconhecido pelos jatos em oposição (bipolares), que partem de uma estrela central jovem com apenas 35 mil anos e cerca de 6% da massa solar. Através de imagens sobrepostas do ALMA e JWST, os pesquisadores conseguiram, pela primeira vez, identificar a origem do jato na borda interna do disco de acreção, localizada a apenas 0,02 unidades astronômicas (cerca de 3 milhões de quilômetros) da estrela. O ALMA capturou a emissão submilimétrica da região central, impossível de ser visualizada no infravermelho pelo JWST devido ao espesso envelope de poeira.

Segundo o artigo, “o jato bipolar de HH 211 destaca-se por sua elevada velocidade, aproximadamente 107 quilômetros por segundo, mas com baixa taxa de rotação, o que indica a expulsão eficaz do excesso de momento angular do disco de acreção”.

“Pudemos demonstrar, a partir da conservação do momento angular e energia, que o jato é lançado precisamente do limite interno do disco, apoiando os modelos de ejeção mediados por campo magnético.”
(“We were able to demonstrate, by considering the conservation of angular momentum and energy, that the jet is launched precisely from the inner edge of the disk, supporting magnetically-driven ejection models.”)

— Dr. Chin-Fei Lee, pesquisador, Academia Sínica, Taiwan

A observação dos campos magnéticos no disco de acreção também confirma que tais estruturas influenciam o lançamento dos jatos, similar ao funcionamento de um estilingue cósmico.

Implicações e Próximos Passos

Esses resultados fortalecem a hipótese de que os campos magnéticos são essenciais na governança do processo de alimentação estelar, facilitando a transferência de massa do disco para a estrela ao remover o momento angular excedente. O mecanismo pode ser determinante para o crescimento de estrelas e a formação de sistemas planetários.

“Esta revelação sobre o papel dos campos magnéticos abre novos caminhos para compreender não apenas a formação estelar, mas os estágios iniciais de sistemas planetários como o nosso.”
(“This revelation about the role of magnetic fields opens new avenues to understand not only star formation, but also the early stages of planetary systems like our own.”)

— Dra. Nuria Calvet, astrofísica, Universidade de Michigan

No horizonte da pesquisa, avanços em instrumentação e novas observações na faixa submilimétrica devem refinar ainda mais os modelos de evolução estelar, podendo revelar detalhes sobre os primórdios de outros sistemas planetários. Especialistas sugerem que o monitoramento de objetos similares a HH 211 poderá expandir as fronteiras do conhecimento sobre o nascimento estelar.

Na próxima década, as colaborações internacionais e o aprimoramento de telescópios como ALMA e JWST prometem impulsionar o entendimento dos ciclos de vida das estrelas, com implicações profundas para a cosmologia e a astrobiologia.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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