
Brasília — InkDesign News — No dia 10 de outubro de 2025, a pernambucana I.F., de 42 anos, completou cinco anos de sobriedade após buscar auxílio nos Alcoólicos Anônimos (AA). A organização, que neste ano celebra 90 anos de atuação, tem sido fundamental na recuperação de muitas pessoas, especialmente durante a pandemia.
Contexto e objetivos
O alcoolismo é uma questão de saúde pública com implicações profundas, afetando indivíduos e suas comunidades. Apesar da crescente visibilidade, muitos casos permanecem invisíveis, especialmente entre as mulheres. O AA busca oferecer um espaço seguro para compartilhar experiências e ajudar na recuperação. A meta da irmandade é fomentar a sobriedade e proporcionar apoio a aqueles que lutam contra o vício.
Metodologia e resultados
O AA adota um modelo de irmandade baseado na partilha de experiências. Com o advento das reuniões virtuais, facilitadas pela pandemia, o número de mulheres participando cresceu significativamente. Segundo a presidente da Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos do Brasil (JUNAAB), Lívia Pires Guimarães, “o uso de álcool é subnotificado e invisibilizado” entre mulheres, o que torna ainda mais relevante a criação de um espaço de acolhimento. Analisando dados recentes, observou-se um aumento de 44,7% no número de reuniões compostas apenas por mulheres, refletindo uma maior adesão e busca por ajuda.
“Ouvi-las falar sobre aquelas questões, sem dúvida, foi o ponto-chave para eu ficar e querer essa recuperação dentro do Alcoólicos Anônimos”
(“Hearing them talk about those issues was undoubtedly the key point for me to stay and want this recovery within Alcoholics Anonymous”).— I.F., membro do AA
Implicações para a saúde pública
O crescimento na participação feminina nas reuniões do AA é um marco significativo na luta contra o alcoolismo. A visibilidade das histórias de recuperação é vital para desmantelar o estigma que envolve o vício entre as mulheres. Além disso, a implementação de estratégias que incentivem a participação em encontros virtuais pode ser uma maneira eficaz de expandir o alcance do AA e auxiliar mais pessoas em busca de recuperação. Lívia Guimarães aponta que “o ambiente em que a mulher costuma beber frequentemente é sua casa. Então, fica invisibilizado”, enfatizando a necessidade de espaços específicos para essas discussões.
Para o futuro, recomenda-se que iniciativas governamentais e não governamentais sigam promovendo o acesso a programas de recuperação, com o intuito de reduzir as taxas de alcoolismo e melhorar a saúde mental da população.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)