
São Paulo — InkDesign News — A pesquisa recente em machine learning destaca os desafios e as oportunidades da inteligência artificial (AI) na indústria do entretenimento, exemplificada pela criação de Tilly Norwood, uma atriz gerada por IA. Este projeto gera debates profundos sobre ética e criatividade.
Contexto da pesquisa
A atriz virtual Tilly Norwood, desenvolvida pela Particle6, tem gerado controvérsias no cenário de Hollywood. A IA é projetada para funcionar como uma performer digital, que pode ser utilizada sem as limitações físicas ou emocionais dos atores humanos. A discussão em torno da Tilly também reflete um selo maior no campo da inteligência artificial, onde a rapidez das vítimas da tecnologia exige novas normas e regulamentações.
Método proposto
A criação de Tilly envolve a aplicação de Generative Adversarial Networks (GANs), um modelo de aprendizado profundo que cria novos dados com base em um conjunto de dados existente. Esse método permite a geração de imagens e performances que imitam a realidade, utilizando vastos datasets que incluem trabalhos de atores humanos. A performance de Tilly é alimentada por dados que abrangem diversas emoções e expressões, embora não possua vivência ou sensações humanas.
Resultados e impacto
O impacto do uso de sintetizadores de IA na indústria de atuação ainda está sendo avaliado, mas já apresenta métricas interessantes. Segundo Eline Van der Velden, CEO da Particle6, “Tilly não foi criada para substituir atores reais, mas, sim, para expandir as possibilidades de narrativas” (“Tilly was never meant to replace a real actor, but rather to expand narrative possibilities”).
— Eline Van der Velden, CEO, Particle6
A criação de Tilly levanta questões sobre direitos autorais e compensação, principalmente considerando que a IA é treinada com obras de artistas humanos sem sua autorização. A SAG-AFTRA, sindicato que representa atores nos EUA, já manifestou preocupações sobre o impacto da IA em sua profissão, destacando a necessidade de regulamentação e discussão sobre o futuro das performance digital.
A IA aborda um novo horizonte no cinema e nas artes, com potencial para democratizar a criação e ampliar o acesso aos processos criativos. As próximas etapas incluem o desenvolvimento de diretrizes éticas e a colaboração entre indústrias para garantir que a criatividade permaneça no centro da narrativa.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)