
São Paulo — InkDesign News — A indústria de IA generativa promete desafiar as normas sociais, um objetivo que parece estar alcançando. Com o impacto notável em setores como educação, redes sociais e, mais crucialmente, na própria indústria de tecnologia, surgem novas tendências e desafios, incluindo a prática polarizadora do “vibe coding”.
Contexto e lançamento
O “vibe coding” representa uma nova abordagem na desenvolvimento de software, caracterizada pela utilização de inteligência artificial (IA) para gerar código de maneira rápida e acessível. No entanto, as consequências dessa prática têm gerado controvérsias, especialmente na qualidade final dos produtos. Historicamente, a necessidade de programadores altamente qualificados tornou-se um padrão, mas o advento de assistentes de IA trouxe aos não-programadores a possibilidade de criar soluções digitais sem um sólido fundo técnico.
Design e especificações
Os especialistas observam que muitos dos resultados do “vibe coding” apresentam falhas significativas, como inconsistências no design da interface do usuário (UI/UX) e otimização inadequada do código. Hamid Siddiqi, um especialista que oferece serviços de correção de código gerado por IA, descreve sua atuação:
“Tenho oferecido serviços de conserto de vibe coding por cerca de dois anos agora, começando no final de 2023. Atualmente, trabalho com cerca de 15-20 clientes regularmente, com projetos adicionais ao longo do ano.
(“I’ve been offering vibe coding fixer services for about two years now, starting in late 2023. Currently, I work with around 15-20 clients regularly, with additional one-off projects throughout the year.”)— Hamid Siddiqi, Especialista em Correção de Código
Esses problemas necessitam de intervenções humanas significativas, pois o código gerado muitas vezes carece do “polido” que as marcas e funcionalidades requerem para se destacarem no mercado competitivo.
Repercussão e aplicações
A ascensão das chamadas “específicas de limpeza de vibe coding” ilustra uma oportunidade crescente para programadores que estão começando a emergir dessa nova onda tecnológica. A demanda é impulsionada pela incapacidade de muitos “vibe coders”, frequentemente sem a formação técnica apropriada, de transformar seus protótipos em aplicações passíveis de serem lançadas no mercado.
“A maioria desses vibe coders são gerentes de produto ou pequenos empresários, e acham que podem construir algo. É mais para prototipagem. O vibe coding, neste momento, é algo como a infância da tecnologia. É útil para transmitir a ideia que desejam, mas não é uma solução de produção.”
(“Most of these vibe coders, either they are product managers or they are sales guys, or they are small business owners, and they think that they can build something. So for them it’s more for prototyping. Vibe coding is, at the moment, kind of like infancy.”)— Swatantra Sohni, Especialista em Vibe Coding
À medida que o “vibe coding” se torna popular entre pequenas empresas, a necessidade de serviços adicionais de correção e otimização parece aumentar. A indústria de IA ainda requer um toque humano para garantir que os produtos não apenas funcionem, mas também alinhem-se às expectativas do mercado.
Enquanto a tecnologia continua a evoluir, as tendências futuras apontam para um equilíbrio entre a automação e a inteligência humana, talvez criando um novo padrão para o desenvolvimento sustentável de software.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)