
São Paulo — InkDesign News — A recente pesquisa da Microsoft sobre a evolução da inteligência artificial (IA) no local de trabalho levantou questionamentos sobre o futuro de várias profissões, incluindo a de historiadores, que se viram sob o olhar crítico das redes sociais. Contudo, testes realizados com ferramentas de IA revelam que os historiadores não devem temer uma substituição iminente por máquinas.
Contexto e lançamento
A Microsoft lançou um estudo que aponta quais empregos estão mais suscetíveis a serem auxiliados ou até substituídos pela IA. O estudo gerou uma onda de discussões, especialmente devido à classificação dos historiadores como uma das profissões potencialmente afetadas. O autor da análise, que possui um interesse profundo em hábitos cinematográficos de presidentes americanos, utilizou sua expertise para avaliar a precisão de ferramentas de IA como o ChatGPT e o Copilot da Microsoft ao lidar com perguntas específicas sobre a história.
Design e especificações
A pesquisa testou o modelo GPT-5 da OpenAI, focando em perguntas sobre quais filmes presidentes assistiram em dates específicas. Por exemplo, ao questionar sobre o que Dwight Eisenhower assistiu em 11 de agosto de 1954, o ChatGPT não conseguiu fornecer uma resposta correta, alegando não ter registros. Tal ineficácia ilustra a fragilidade atual das tecnologias de IA em comparação ao conhecimento profundo que historiadores cultivam através de anos de pesquisa diligente.
Repercussão e aplicações
Após os testes, ficou evidente que, apesar de algumas IAs como Grok e Perplexity conseguirem chegar a respostas corretas com base em informações disponíveis em redes sociais ou tweets, a maioria falhou em acessar dados históricos robustos. Enquanto isso, a informação verdadeira sobre Eisenhower assistir ao filme River of No Return foi encontrada em registros históricos que um historiador normalmente consultaria. A desprezível confiança que indivíduos muitas vezes depositam em ferramentas de IA pode levar a uma deterioração do conhecimento factual. Como afirma um dos testadores:
A única maneira de realmente avaliar a eficiência de uma nova ferramenta é testá-la com informações que você já conhece bem.
(“The only way to really assess the effectiveness of a new tool is to test it with information you already know well.”)— Autor, Pesquisador independentes
Quanto ao impacto cultural, as falhas frequentes na precisão da IA sublinham a importância dos historiadores e de seu compromisso com a veracidade. Em outro teste, o Copilot da Microsoft confundiu as datas e conteúdos dos filmes assistidos, evidenciando como a falta de interpretação crítica e pesquisa aprofundada pode gerar erros que passam despercebidos por muitos.
AI tools often suffer from a lack of accuracy, necessitating human oversight for more specialized work.
(“As ferramentas de IA frequentemente sofrem de uma falta de precisão, necessitando de supervisão humana para trabalhos mais especializados.”)— Pesquisador de IA, Universidade de Tecnologia
À medida que as IAs avançam, elas ainda enfrentam desafios em suas capacidades de compreender e sintetizar informações complexas. Historicamente, o trabalho de um historiador vai além de compilar dados; envolve a interpretação e a criação de narrativas que ajudem a entender a humanidade. Para o futuro, é vital que a interação entre máquinas e humanos seja equilibrada, incorpore a expertise humana e respeite a complexidade dos assuntos tratados.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)