
São Paulo — InkDesign News —
Pesquisadores estão explorando novas abordagens em machine learning para melhorar a transparência e o uso ético da inteligência artificial (AI) nas indústrias criativas, especialmente na música.
Contexto da pesquisa
A discussão sobre o uso de AI na música ganhou destaque com a introdução de diretrizes pelo Spotify, orientando artistas e produtores a serem transparentes quanto à utilização de ferramentas de AI em suas produções. O foco é no modelo DDEX, que classifica faixas como criadas totalmente, parcialmente ou não criadas com AI.
Método proposto
O modelo utilizado busca integrar metadados a faixas musicais, permitindo a rotulagem precisa da influência da AI. A metodologia envolve a coleta de dados de streaming, proporcionando uma avaliação abrangente sobre como diferentes graus de incorporação de AI impactam a recepção do público. As métricas de desempenho estão centradas em análises de audiência e feedback, a partir de datasets originados de plataformas de streaming.
“Inicialmente, penso que as pessoas tinham uma mentalidade muito binária.”
(“Initially, I think people’s mindset was very much binary.”)— Charlie Hellman, Head of Music, Spotify
Resultados e impacto
Até agora, mais de 15 gravadoras e distribuidores demonstraram interesse em seguir as novas diretrizes do DDEX. A pesquisa revela que a audiência de músicas totalmente geradas por AI é mínima, com uma tendência a que produções de baixo esforço criativo tenham baixa qualidade e pouco apelo ao público.
“É realmente uma pequena porcentagem de streams. Em geral, quando a música não exige muito esforço para ser criada, tende a ser de baixa qualidade e não encontra audiência.”
(“It’s really a small percentage of streams. In general, when the music doesn’t take much effort to create, it tends to be low quality and doesn’t find an audience.”)— Sam Duboff, Head of Music Marketing, Spotify
O Spotify também atualizou suas diretrizes para proibir o uso não autorizado de AI, incluindo a criação de deepfakes ou imitações sem consentimento. As implicações dessas modificações se estendem às práticas de criação musical, levantando questões sobre a ética e a responsabilidade no uso de AI.
As futuras aplicações podem incluir a expansão dessa rotulagem a outras categorias de conteúdo na plataforma, além de impactos na regulamentação do uso de AI nas artes. A adesão a práticas éticas e transparentes permanece crucial na evolução da indústria musical, assim como a necessidade de discussão contínua sobre as implicações da tecnologia.
Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)