
Paris — InkDesign News — Pesquisas recentes abordam o uso de machine learning e inteligência artificial (IA) para inovar na criação culinária, com chefs franceses explorando essas tecnologias para combinações inéditas de sabores e otimização operacional em cozinhas.
Contexto da pesquisa
Na França, chefs renomados vêm discutindo a aplicação de IA, especialmente no evento anual do Guia Michelin, onde a tecnologia é utilizada não só para receitas, mas também para tarefas administrativas e análise molecular de ingredientes. A adoção ocorre diante de resistência de parte da comunidade, preocupada com a substituição do talento humano pelo algoritmo.
Método proposto
Entre as abordagens destacadas está o uso de modelos avançados de linguagem, como o ChatGPT Premium, que aprende o estilo culinário individual e sugere combinações inusitadas, embasadas em bases de dados que reúnem informações químicas das moléculas dos alimentos e análises de milhares de imagens e receitas. Outras ferramentas integradas a apps de celular gerenciam custos, pegada de carbono e previsão de demanda com base em dados históricos e variáveis externas como clima e eventos esportivos.
“Você ficaria surpreso ao saber quantas pessoas estão usando isso. Há muitos egos no ramo. Eles não vão fazer muito alarde sobre isso.”
(“You’d be amazed to know how many people are using it. There are a lot of egos in the business. They’re not going to make a big thing about it.”)— Matan Zaken, Chef, Restaurante Nhome, Paris
Resultados e impacto
A integração da IA proporciona descobertas surpreendentes, como a combinação de chocolate com pepino ou amendoim com alho selvagem, antes não exploradas pela intuição humana. A análise de milhares de imagens de pratos permite aperfeiçoar a apresentação visual, enquanto a automação de tarefas repetitivas visa aliviar a escassez de mão-de-obra nas cozinhas profissionais.
“A inteligência artificial nunca substituirá o toque humano, o paladar do cozinheiro.”
(“Artificial intelligence will never replace the human touch, the palate of the cook.”)— Philippe Etchebest, Chef Celebridade, Maison Nouvelle, Bordeaux
Apesar do debate sobre o caráter artesanal da culinária, a convergência entre ciência alimentar e IA abre espaço para inovações sustentáveis e inéditas, tanto na experimentação dos sabores quanto na eficiência da gestão. Pesquisadores indicam que o futuro pode incluir robôs de alta precisão para tarefas repetitivas, ampliando o potencial de criatividade dos chefs.
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Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)