
São Paulo — InkDesign News — A crescente injeção de capital no setor de inteligência artificial (IA) suscita questões sobre sua sustentabilidade, com alertas de economistas indicando que o momento atual pode ser um ponto de inflexão para a economia americana.
Contexto e lançamento
Recentemente, o envolvimento de empresas como a Nvidia e a OpenAI gerou um frenesi de investimentos na área de IA. Em um cenário onde a tecnologia avança rapidamente, o relatório do Deutsche Bank enfatiza que a escalada nos gastos com IA está em um ritmo “parabólico”, indicando que a atual onda de financiamento pode não ser sustentável a longo prazo. Historicamente, investimentos significativos em tecnologia têm sido um motor da economia. No entanto, conforme destacados os desafios atuais, observações sobre a concentração de investimentos em poucos players, como a Nvidia, levantam questões sobre a diversificação necessária.
Design e especificações
O novo relatório do Deutsche Bank, assinado pelo economista George Saravelos, informa que a Nvidia, por exemplo, é um pilar essencial do crescimento econômico americano. A natureza do crescimento da empresa exige que seus ganhos continuem em uma trajetória exponencial para viabilizar a contribuição para o PIB. Conforme Saravelos destaca, “a má notícia é que, para que o ciclo tecnológico continue contribuindo para o crescimento do PIB, o investimento de capital precisa permanecer parabólico. Isso é altamente improvável”.
Essa necessidade de investimento é ainda reforçada por um estudo da Bain & Company, que estima que a demanda por computação para IA crescerá mais do que o dobro da taxa prevista por Lei de Moore — calculando que, até 2030, o custo para satisfazer esta demanda alcançará dois trilhões de dólares anuais.
Repercussão e aplicações
A análise da situação atual da IA não é apenas uma questão de números. A maioria das empresas que adotaram ferramentas de IA gerativa ainda luta para alcançar resultados tangíveis, com apenas 5% reportando uma “aceleração rápida de receita”, segundo um relatório do MIT. De acordo com o economista Torsten Sløk da Apollo, essa concentração em ações de tecnologia pode levar a um cenário de sobrecarga. “Claramente, os investidores em ações estão dramaticamente expostos à IA”, ele afirma.
A preocupação agora não é apenas a dinâmica entre o crescimento e a rentabilidade, mas também as implicações culturais dessa dependência crescente da tecnologia. O efeito cascata de investimentos maciços em IA pode influenciar outros setores, criando um ecossistema interdependente que poderia trazer riscos imprevistos.
Neste contexto, o futuro da IA será definido não apenas pela capacidade de inovação, mas pela real implementação e aceitação nos diversos setores da economia. A expectativa é que próximos investimentos, como o anunciado projeto de 500 bilhões, possam trazer a solução ou expansão necessária para que o ciclo continue.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)