
Pequim — InkDesign News — O Brasil e a China firmaram um memorando de entendimento nesta terça-feira (13) para compartilhar informações sobre pragas, doenças e resíduos tóxicos em alimentos de origem animal e vegetal. A medida busca mitigar riscos sanitários e facilitar o comércio bilateral, em um cenário onde embargos devido a irregularidades sanitárias têm afetado as exportações brasileiras.
Panorama econômico
A assinatura do acordo em Pequim ocorre em um contexto de desafios econômicos globais, em que a inflação e a variação do PIB têm impacto direto nas relações comerciais. O Brasil, sendo um dos principais fornecedores de produtos agropecuários ao mercado chinês, enfrenta entraves frequentes, como embargos que surgem devido a contaminações detectadas. A posição da China como parceira comercial é crucial, representando uma fatia significativa das exportações brasileiras, principalmente em carnes e grãos.
Indicadores e análises
Em março, por exemplo, a China suspendeu as importações de carne bovina de três frigoríficos brasileiros, alegando descumprimento de requisitos sanitários. Este incidente é representativo de um problema maior; as exportações de carnes, soja e frango frequentemente enfrentam estas interrupções. O novo protocolo estabelece que ambas as nações compartilhem laudos laboratoriais e informações detalhadas sobre as produções. “Este acordo não abrange produtos alimentícios destinados à indústria farmacêutica, nem aditivos alimentares, e não tem como objetivo estabelecer limites máximos de resíduos de medicamentos veterinários e de resíduos de agrotóxicos”, diz o texto da assinatura.
Impactos e previsões
O impacto esperado do novo acordo é positivo para a indústria alimentícia brasileira, visto que, ao acelerar a comunicação sobre irregularidades, há potencial para evitar embargos repentinos. A expectativa é que as autoridades brasileiras e chinesas trabalhem em conjunto, permitindo um fluxo comercial mais estável e previsível. Em caso de detecção de problemas, o Brasil e a China comprometeram-se a comunicar rapidamente as não conformidades, “comunicar imediatamente o problema às autoridades e buscar uma solução técnica de forma ágil”, segundo o memorandum firmado.
“Esperamos que esse mecanismo de troca de informações ajude a evitar embargos abruptos como os que já aconteceram”
(“We hope that this information exchange mechanism will help avoid abrupt embargoes like those that have already occurred”)— Fonte anônima, Ministério da Agricultura
Assim, o novo acordo, com validade inicial de cinco anos, representa um passo importante na relação entre os dois países, na qual o Brasil buscou reforçar sua competitividade no comércio internacional. O governo brasileiro manifestou otimismo quanto à possibilidade de aumentar a confiança nas transações comerciais entre as nações.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)