
São Paulo — InkDesign News — O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu o novo programa de crédito consignado em evento nesta segunda-feira (12), enfatizando seu objetivo de melhorar a renda dos trabalhadores em meio a críticas do setor supermercadista.
Panorama econômico
No contexto atual, o Brasil enfrenta um cenário desafiador, marcado por taxa de juros elevadas e inflação persistente. A política monetária tem sido ajustada para controlar esses índices, enquanto as iniciativas fiscais buscam proporcionar alívio para a população trabalhadora, considerando que muitos enfrentam dificuldades financeiras. O novo consignado surge como uma proposta do governo para aliviar o peso da dívida sobre os trabalhadores.
Indicadores e análises
Alckmin destacou que muitos trabalhadores pagam entre 50% e 70% de juros ao ano, o que compromete significativamente sua renda. Segundo o ministro, a nova medida pretende reduzir esses juros, permitindo que, por exemplo, quem pagava R$ 600 passe a pagar R$ 320, gerando uma economia de R$ 280 mensais. “O objetivo não é aumentar endividamento, mas melhorar sua renda. Muito trabalhador está pagando 50%, 60%, 70% de juros ao ano. Ele que pagava R$ 600, vai pagar R$ 320, então vai sobrar R$ 280 para consumir, ter poupança”, afirmou Alckmin.
A resposta foi ao discurso feito minutos antes pelo presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, que criticou as condições impostas pelo novo consignado e chamada de “absurdo” a situação em que bancos tomaram 30% dos salários dos colaboradores
(“A resposta foi ao discurso feito minutos antes pelo presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, que criticou as condições impostas pelo novo consignado e chamada de “absurdo” a situação em que bancos tomaram 30% dos salários dos colaboradores.”)— João Galassi, Presidente, Abras
Impactos e previsões
Com a implementação do novo consignado, espera-se que haja um alívio parcial para os trabalhadores e um impacto positivo no consumo. Além disso, Alckmin fez referência aos programas federais de financiamento, como o Pronamp e o ProCred 360, que emprestaram R$ 45 bilhões a 700 mil empresas, além de prever um crescimento do PIB em 12% nos próximos 15 anos devido a reformas tributárias.
“Não aumentamos imposto de exportação e baixamos imposto de importação”, afirmou o presidente em exercício, demonstrando uma estratégia fiscal voltada para desonerar investimentos e estimular a economia.
Ainda, a preocupação com o endividamento persiste, especialmente em relação ao setor de jogos e apostas, que, segundo Alckmin, certamente merece uma regulação mais rígida. Ele concluiu destacando que cinco milhões de pessoas já deixaram o Bolsa Família, sinalizando uma melhora na empregabilidade.
Os desdobramentos dessa política e seus impactos na economia brasileira permanecerão em análise, com atenção redobrada sobre como medidas adicionais poderão moldar a estabilidade financeira e a dinâmica de mercado nos meses seguintes.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)