
São Paulo — InkDesign News — As taxas dos DIs (Depósito Interfinanceiro) registraram alta na segunda-feira (12), refletindo o avanço dos rendimentos dos Treasuries nos EUA, após um acordo tarifário entre Estados Unidos e China que amenizou tensões nos mercados globais.
Panorama econômico
O contexto atual é marcado pelo alívio trazido pelo acordo comercial, onde os EUA diminuíram tarifas sobre importações chinesas, reduzindo-as de 145% para 30%, enquanto as taxas chinesas sobre produtos americanos caíram de 125% para 10%. Essas novas diretrizes se aplicam por um período de 90 dias e indicam uma busca por maior estabilidade nas relações comerciais entre as duas potências.
Indicadores e análises
No Brasil, a taxa do DI para janeiro de 2026 fechou em 14,795%, levemente abaixo do ajuste anterior de 14,796%. A taxa para janeiro de 2027, por outro lado, subiu para 14,035%, uma alta de 5 pontos-base em relação a 13,982%. Para contratos de longo prazo, a taxa para janeiro de 2031 subiu para 13,6%, e a para janeiro de 2033 atingiu 13,65%. Perto do fechamento do dia, a taxa do DI para janeiro de 2027 chegou a 14,10%, marcando uma alta de 12 pontos-base.
Impactos e previsões
O acordo comercial EUA-China influenciou a decisões de investimento, levando investidores a reduzirem posições em ativos mais seguros, o que resultou em vendas significativas de títulos. Essa dinâmica causou um aumento nos rendimentos dos Treasuries, impactando diretamente as taxas dos DIs no Brasil. “A Fazenda não está pensando em nada, do ponto de vista fiscal, além de cumprir as metas estabelecidas, não há outro plano de voo que não seja esse”, afirmou Fernando Haddad, ministro da Fazenda.
“A inflação vai se acomodar se as metas fiscais do governo federal forem cumpridas e o Banco Central fizer seu papel”
(“Inflation will settle down if the federal government’s fiscal targets are met and the Central Bank does its job.”)— Fernando Haddad, Ministro da Fazenda
A análise do boletim Focus do Banco Central revelou que a projeção média para a inflação de 2025 caiu de 5,53% para 5,51%. A expectativa para a Selic no fim de 2025 permanece em 14,75%, indicando que os economistas não preveem um aumento nas taxas de juro em junho. No entanto, as apostas na curva de juros mostram uma divisão, com 59% dos investidores esperando pela manutenção da Selic, enquanto 41% antecipam uma elevação de 25 pontos-base.
À medida que a situação se desenrola, espera-se que essas condições de mercado continuem a ser monitoradas de perto, influenciadas não apenas por movimentações internas, mas também pelas nuances da política econômica global.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)