São Paulo — InkDesign News — O catolicismo, acostumado a um ritmo conservador frente às mudanças sociais e tecnológicas, agora vê sua liderança se posicionar de modo proativo em relação ao futuro, especialmente no que tange à inteligência artificial.
Contexto e lançamento
O recém-eleito Papa Leo XIV, Robert Prevost, natural de Chicago, trouxe à tona uma discussão crucial durante seu primeiro encontro formal com os cardeais da Igreja Católica. Identificando a evolução da IA como um dos desafios mais significativos da atualidade, Leo XIV revela uma intenção clara de abordar as questões contemporâneas, assim como fez o Papa Leo XIII no contexto da Revolução Industrial.
O Papa Leo XIII, que esteve à frente da Igreja entre 1878 e 1903, é amplamente reconhecido por sua encíclica de 1891, “Rerum Novarum”, que clamou por melhores condições para a classe trabalhadora e pela sindicalização.
Design e especificações
Durante sua comunicação com o alto clero, Leo XIV afirmou, “A Igreja oferece a todos o tesouro de seu ensino social em resposta a outra revolução industrial e aos desenvolvimentos no campo da inteligência artificial…”
(“In our own day, the church offers to everyone the treasury of her social teaching in response to another industrial revolution and to developments in the field of artificial intelligence…”) — Papa Leo XIV, Líder da Igreja Católica.
Esse discurso sinaliza um compromisso da Igreja em integrar a ética nas inovações tecnológicas, alinhando-se ao que foi defendido por seu predecessor, o Papa Francisco. Este, por sua vez, enfatizou a necessidade de que as inovações em IA sirvam à dignidade humana, evitando danos e injustiças.
Repercussão e aplicações
O trabalho de Francisco, particularmente seu documento “Antiqua et Nova”, destaca a importância de uma abordagem centrada no ser humano em tech. Ele advertiu que a IA poderia intensificar a desigualdade social, especialmente entre nações desenvolvidas e em desenvolvimento.
“Dignidade humana e fraternidade são frequentemente subordinadas em busca de eficiência”
(“human dignity and fraternity are frequently subordinated in the pursuit of efficiency”)— Papa Francisco, Ex-Papa
As preocupações levantadas pelos papas refletem um alarmante consenso entre líderes religiosos e especialistas em tecnologia sobre a necessidade de um desenvolvimento ético e responsável da IA.
À medida que avançamos nessa nova era de inovações, as palavras de líderes religiosos e pensadores críticos serão fundamentais para garantir que a tecnologia promova o bem comum e respeite a dignidade humana. O futuro da IA nas diretrizes da Igreja Católica já promete ser um campo fértil para debates éticos e sociais.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)
