- Publicidade -
- Publicidade -
Política

STF decide sobre Ramagem e tensiona relação com Câmara

- Publicidade -
- Publicidade -

— InkDesign News — A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria na última sexta-feira (9) para manter parcialmente a ação penal contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) no âmbito do inquérito envolvendo o plano de golpe, contrariando a decisão da Câmara dos Deputados que buscava a suspensão total do processo.

Contexto político

O caso de Alexandre Ramagem ganhou importância no cenário político após a Câmara dos Deputados, em votação majoritária que contou com 305 parlamentares, aprovar a suspensão total da ação penal contra o deputado. Ramagem é acusado em um processo que apura diversos crimes relacionados ao ataque de 8 de janeiro. Em contraste, a Procuradoria-Geral da República destacou que algumas acusações contra ele ocorreram após sua diplomação como deputado, o que possibilitou a análise distinta pelo STF. A decisão da Primeira Turma do STF manteve a continuidade do processo para três crimes específicos: abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa, mas anulou as acusações por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Reações e debates

O relator do parecer aprovado pela Câmara, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), manifestou discordância com a decisão do STF, ressaltando a prerrogativa constitucional do Legislativo em suspender ações penais contra parlamentares após a diplomação. Ele afirmou:

“Fomos quase impedidos de apreciar todos os fatos relacionados a um parlamentar. O Parlamento não admite de forma alguma, de acordo com o artigo 53 no parágrafo 3°, quando diz que pode suspender a ação penal de todos os crimes após a diplomação.”

— Alfredo Gaspar, Deputado Federal

Gaspar também apontou uma discrepância diante da não suspensão para três crimes, mesmo com vários outros denunciados ligados a atos de 8 de janeiro, destacando a incongruência:

“O STF disse que a Câmara não poderia observar nenhuma suspensão em relação a três crimes apresentados na denúncia, ao mesmo tempo que várias pessoas do 8 de janeiro estão denunciadas por esses delitos, a exemplo daquela que pichou com batom aquele monumento na frente do Supremo Tribunal Federal. É uma incongruência muito grande.”

— Alfredo Gaspar, Deputado Federal

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) contextualizou a votação da Câmara como uma iniciativa consciente do eventual questionamento no Judiciário. Ela acentuou que a intenção de suspender a ação penal poderia livrar não apenas Ramagem, mas também outros envolvidos no núcleo principal do “golpismo”, incluindo figuras como Jair Bolsonaro e generais. Também destacou a controvérsia sobre a temporalidade dos crimes imputados a Ramagem:

“Além de haver uma forte controvérsia sobre essa leitura de que os cinco crimes imputados ao Ramagem seriam posteriores à diplomação, porque estamos falando de aspectos quando ele era diretor da Abin [Agência Brasileira de Inteligência], quando ainda não havia sido diplomado como deputado, tem um outro ele esse relatório que considero extremamente grave, ao incluir também os corréus.”

— Sâmia Bomfim, Deputada Federal

Desdobramentos e desafios

A decisão do STF tensiona as relações institucionais entre o Legislativo e o Judiciário, especialmente diante do exercício do artigo 53 da Constituição, que regula a imunidade e os processos contra parlamentares. As futuras fases do processo tendem a provocar debates sobre o equilíbrio de poderes e a abrangência da imunidade parlamentar em casos relacionados a crimes graves. A manutenção parcial da ação penal indica a continuidade do escrutínio judicial sobre os atos do deputado Alexandre Ramagem e, potencialmente, sobre outros envolvidos no inquérito, fator que pode impactar a estabilidade política e a governança.

Os próximos passos legislativos e judiciários demandarão uma negociação delicada entre parlamentares e magistrados para assegurar o respeito às prerrogativas constitucionais, sem abrir margem para impunidades ou conflitos institucionais exacerbados.

Fonte: (CNN Brasil – Política)

- Publicidade -
- Publicidade -

Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

Artigos relacionados

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

0 Comentários
Mais votado
mais recentes mais antigos
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
- Publicidade -
Botão Voltar ao topo
0
Adoraria saber sua opinião, comente.x
Fechar

Adblock detectado

Olá! Percebemos que você está usando um bloqueador de anúncios. Para manter nosso conteúdo gratuito e de qualidade, contamos com a receita de publicidade.
Por favor, adicione o InkDesign News à lista de permissões do seu adblocker e recarregue a página.
Obrigado pelo seu apoio!