
São Paulo — InkDesign News — A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, evitou comentar diretamente a polêmica recente envolvendo o atacante Dudu, agora no Atlético, e que foi dispensado pelo Cruzeiro. No entanto, ela abordou o processo jurídico que move contra o jogador por danos morais e enviou uma mensagem firme às mulheres diante das ofensas que sofreu.
Desenvolvimento do jogo
O embate entre Leila Pereira e o atacante Dudu teve seus contornos mais agudos no início de 2024, em meio à transferência conturbada do jogador. Após sofrer grave lesão e longa recuperação, Dudu manifestou interesse em acertar com o Cruzeiro, movimento autorizado pela presidente palmeirense, mas que culminou em trocas de farpas públicas e desgastes.
Leila comentou, durante evento de apresentação do troféu do Mundial de Clubes em São Paulo na última sexta-feira (9), que não costuma se manifestar sobre atletas de outros clubes, ressaltando que o caso está sendo tratado por seus advogados.
“Olha, eu não costumo falar sobre atletas que não sejam do Palmeiras, tá? Essa questão, com relação a esse jogador (Dudu), está com os meus advogados. Vocês sabem que eu tenho, Leila, não o Palmeiras, a Leila, uma ação pelas ofensas que ele cometeu contra mim, não é?”
— Leila Pereira, presidente do Palmeiras
Destaques e estatísticas
Diante da polêmica, Leila Pereira destacou a natureza das ofensas direcionadas a ela, que segundo ela, foram motivadas pelo fato de ser mulher. “Essas ofensas, humilhações, que eu não tenho dúvida nenhuma, que tudo que esse atleta fez, é porque eu sou mulher, porque ele não fez isso com declarações de homens, de presidentes do sexo masculino. Mas fez contra mim”, avaliou a dirigente.
O jogador respondeu nas redes sociais com linguagem dura, afirmando que a história dele no Palmeiras foi gigante e sincera, em oposição às críticas feitas por Leila, especialmente após a saída do clube paulista pela chamada “porta dos fundos”.
Repercussão e próximos passos
Leila Pereira aproveitou para enviar uma mensagem inspiradora às mulheres, reforçando a importância da resistência e da resposta às desigualdades no meio esportivo, tradicionalmente dominado por homens.
“Então, que isso sirva de uma resposta, sirva de exemplo, para que outras mulheres não se calem nunca. Quando ofendidas e diminuídas, temos que rebater sim, na altura dessas ofensas. Os homens não podem continuar desvalorizando nosso trabalho.”
— Leila Pereira, presidente do Palmeiras
Ela reforçou sua posição como única presidente mulher na elite do futebol sul-americano e destacou o impacto positivo de sua visibilidade para inspirar outras mulheres a enfrentarem o machismo no esporte.
“Eu sou a única presidente mulher de um clube de futebol da América do Sul. Não é dizendo que sou melhor do que ninguém, mas com a visibilidade que o Palmeiras me dá, com a força de mídia que o Palmeiras me dá, eu vejo isso diariamente, meninas e mulheres dizendo ‘Leila, você é uma inspiração para a gente’, me parabenizando pelas minhas atitudes.”
— Leila Pereira, presidente do Palmeiras
O processo judicial entre as partes continua em curso na 11ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, demonstrando como o futebol brasileiro ainda enfrenta desafios significativos no que tange às relações humanas e respeito no ambiente esportivo.
O episódio reflete questões que ultrapassam os gramados, impactando a imagem e a gestão dos clubes, além do diálogo sobre igualdade de gênero no esporte.
Fonte: (CNN Brasil – Esportes).