
São Paulo — InkDesign News — Um gigantesco icebergue, conhecido como A-23A, permanece encalhado próximo à ilha da Geórgia do Sul, na costa atlântica sul, desde o final de fevereiro de 2025, conforme imagens recentes de satélites de observação terrestre.
Detalhes da missão
O icebergue A-23A, com aproximadamente 3.460 km², equivalente a duas vezes a extensão da Grande Londres, está parado em uma plataforma submarina rasa perto da ilha da Geórgia do Sul, uma dependência britânica do Atlântico Sul. Esse bloco de gelo se desprendeu da Plataforma de Gelo Filchner-Ronne, no Mar de Weddell, Antártida, em 1986. Após permanecer ancorado no fundo do mar por décadas, começou a flutuar no início dos anos 2020, deslocando-se mais de 2.000 km ao norte até sua atual posição. Desde então, pequenos pedaços do icebergue têm se desprendido, visíveis no oceano em imagens capturadas em abril e março de 2025 pela missão Copernicus Sentinel-3 e pelo instrumento MODIS do satélite Aqua da NASA.
Tecnologia e objetivos
A missão utiliza dados do instrumento Ocean and Land Colour Instrument (OLCI) do satélite Sentinel-3 da Agência Espacial Europeia (ESA), aliados a dados batimétricos do British Oceanographic Data Center e do British Antarctic Survey para analisar a interação do icebergue com o leito marinho. “The disintegration is typical of icebergs that reach this far north and is caused by the warmer sea temperatures and weather conditions,” explicam especialistas da ESA.
(“A desintegração é típica de icebergs que alcançam essa latitude norte e é causada pelas temperaturas mais altas do mar e condições climáticas.”)
“Satellites will continue to monitor the iceberg’s activity and disintegration, as this introduces fresh water that could affect the island’s biodiversity.”
(“Satélites continuarão a monitorar a atividade e desintegração do icebergue, já que isso introduz água doce que pode afetar a biodiversidade da ilha.”)— Agência Espacial Europeia (ESA)
Próximos passos
Acompanhamentos contínuos por satélites são programados para detalhar a evolução do A-23A, avaliando o impacto da água doce proveniente do derretimento no ecossistema marinho e terrestre da ilha da Geórgia do Sul. Esse monitoramento também visa compreender melhor a dinâmica do transporte de blocos de gelo gigantes no Atlântico Sul e seus efeitos ambientais locais e globais.
O estudo desse icebergue contribui para o conhecimento sobre os processos climáticos e geofísicos que influenciam a estabilidade das placas de gelo da Antártida, representando um avanço relevante para a compreensão das mudanças planetárias e seus efeitos no equilíbrio ecológico.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)